O Grupo Casas Bahia (BHIA3) divulga os resultados do primeiro trimestre de 2024 nesta quarta-feira (8), após o fechamento do mercado. Os analistas do BTG Pactual estimam que a varejista deve apresentar um prejuízo de R$ 388 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 61,2% na comparação com o prejuízo líquido de R$ 1 bilhão do quarto trimestre de 2023.
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Já a equipe da Genial Investimentos está mais pessimista e avalia que a companhia deve apresentar um prejuízo de R$ 417 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma redução de 58,3% na comparação com o balanço anterior, do quarto trimestre ano passado.
Eles ainda reforçam que a comparação do primeiro trimestre de 2024 com igual intervalo de 2023, caso a estimativa se confirme, pode significar um prejuízo 40% maior do que o de R$ 297 milhões apurado no início do ano passado.
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“Entendemos que o primeiro trimestre de 2024 já não deve fazer mais preço do papel, com o mercado avaliando as perspectivas de menor custo de capital e despesas financeiras apresentadas no plano de reperfilamento de dívidas”, explicam Iago Souza e Nina Mirazon, que assinam o relatório da Genial.
Além disso, os especialistas projetam uma queda significativa na receita da companhia, dado que a empresa deixou de vender algumas categorias e retomou o foco em ser especialista na venda de produtos como eletrodomésticos, eletroportáteis, TVs e móveis.
Sendo assim, a Genial espera que a empresa tenha um Volume Bruto de Mercadorias (GVM, na sigla em inglês) de R$ 8,7 bilhões, uma queda de 12,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2023.”Acreditamos que essa mudança deve afetar o GMV da companhia até parte do 3º trimestre – quando o volume bruto de vendas começa a ficar comparável, dado o início do plano de reestruturação”, apontam Souza e Mirazon.
A Genial diz esperar uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada de 4,6% para o Grupo Casas Bahia no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 2,4 pontos porcentuais na comparação com a do quarto trimestre de 2023. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2023, a estimativa é de queda de 4,6 pontos porcentuais.
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Vale lembrar que a empresa fechou um acordo de recuperação extrajudicial para renegociar sua dívida de R$ 4,1 bilhões e poupar R$ 4,3 bilhões no caixa da companhia até 2027. No entanto, isso não será visto no balanço do primeiro trimestre de 2024, já que o acordo foi fechado em abril. O investidor só deve ver os sinais positivos dessa mudança ao longo do segundo semestre, quando todo o plano estiver estruturado.
A Genial possui recomendação neutra para as ações da Casas Bahia e não estipula um preço-alvo pelo fato de haver necessidade de avaliação sobre a continuidade plano de recuperação extrajudicial. “Esperaremos até a efetiva aprovação do plano para incorporar novas estimativas”, concluem os analistas. Já o BTG não divulgou detalhes sobre recomendação.