A Target Corporation (TGTB34), uma das maiores varejistas dos Estados Unidos, não venderá produtos com a temática LGBT em algumas de suas lojas durante o Mês do Orgulho, que acontece em junho no país.
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De acordo com uma reportagem da Bloomberg, a decisão da companhia acontece um após uma série de ameaças de boicote e críticas por parte de alguns clientes, que se mostraram descontentes com a venda de produtos com a temática do Orgulho LGBT, em junho do ano passado.
A decisão pode afetar pelo menos metade de suas quase 2 mil lojas nos EUA e representa uma mudança significativa em relação ao posicionamento da marca nos anos anteriores, quando a empresa costumava oferecer a linha completa em todas as suas lojas.
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Sediada em Minneapolis, cidade no Minnesota (EUA), a empresa informou, por meio de um comunicado oficial, que irá oferecer os produtos LGBTQ apenas em lojas selecionadas e justificou que a decisão foi tomada com base em seu “desempenho de vendas”. Mesmo com as controvérsias, a Target também reforçou o seu apoio à comunidade.
“Estamos oferecendo uma coleção de produtos, incluindo roupas para adultos e itens para casa e alimentos e bebidas, selecionados com base no feedback dos consumidores. A coleção estará disponível no Target.com e em lojas selecionadas, com base no desempenho histórico de vendas. Continuamos a apoiar organizações LGBTQIA+ durante todo o ano, incluindo a Campanha de Direitos Humanos, Igualdade Familiar e muito mais”, afirma a companhia.
No mesmo comunicado, o CEO da Target, Brian Cornell, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos funcionários em lidar com a situação e expressou preocupação com o impacto das medidas de segurança implementadas pela empresa na comunidade LGBTQIA+.
Mesmo sem necessariamente ter relação direta com a polêmica envolvendo o Mês do Orgulho LGBT, as ações da Target caíram 1% nas negociações de Nova York após o anúncio, ainda de acordo com a Bloomberg.
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Colaborou: Renata Duque.