- Quem vive exclusivamente pelo presente, sem um planejamento financeiro, corre o risco de cair em dívidas
- Crenças como "se não gastar agora, nunca mais terei essa chance" podem levar a decisões financeiras impulsivas
- No entanto, a solução para este impasse, muito mais que filosófica, pode ser matemática
Em meio a um mundo repleto de incertezas, seduções e desafios, muitos se encontram divididos entre a urgência de viver o presente intensamente e a necessidade de poupar para o futuro. Esse conflito psicológico não está apenas no campo das emoções; ele afeta também as decisões práticas do dia a dia.
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É o caso de jovens profissionais que desejam viajar o mundo, mas ao mesmo tempo sentem a pressão dos boletos a pagar e de economizar para reserva de emergência e aposentadoria. Ou pais que querem proporcionar o melhor para seus filhos agora, sem comprometer a segurança financeira da família a longo prazo. Esse dilema, se levado ao extremo, pode ser comparado a andar na beira de um precipício, onde qualquer deslize pode levar à queda.
Quem vive exclusivamente pelo presente, sem um planejamento financeiro, corre o risco de cair em dívidas, ficando preso a juros altos e compromissos financeiros que acabam com a liberdade de desfrutar do futuro.
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Um exemplo notável é Mike Tyson, que ganhou cerca de US$ 300 milhões durante sua carreira, mas gastou impulsivamente em mansões, carros luxuosos e festas. Ele declarou falência em 2003, enfrentando uma dívida de aproximadamente US$ 23 milhões.
Enraizada na filosofia, essa dualidade ecoa em pensadores como Aristóteles, que propunha o meio-termo para a virtude, enquanto os defensores do ‘carpe diem’ enfatizavam viver o momento presente. Crenças como “se não gastar agora, nunca mais terei essa chance” ou “viver para o futuro é desperdiçar o presente” podem levar a decisões financeiras impulsivas.
Um vídeo viral no TikTok exemplifica essa troca enganosa: duas amigas embarcam em uma viagem de avião com muito glamour, com a legenda “Indo viajar com a amiga para deixar de lado problemas mentais e voltar com problemas financeiros”. Essa atitude mostra a felicidade aparente imediata trocada pela ansiedade futura de se colocar em dívida.
No entanto, a solução para este impasse, muito mais que filosófica, pode ser matemática: um equilíbrio prático e realista entre viver o presente e garantir o futuro.
Solução matemática para o conflito filosófico
A recomendação para resolver este conflito é dividir o orçamento de forma equilibrada:
- 70% para uso no presente;
- 10% para doações e ajuda aos outros;
- 20% para seu futuro.
Detalhamento dos 70% para uso no presente
Dentro dos 70% destinados ao uso imediato, é sensato reservar:
- 10% para lazer, ou seja, atividades que permitam desfrutar a vida hoje.
Detalhamento dos 20% para o futuro
Os 20% destinados ao futuro devem ser divididos em:
- 5% para a formação de uma reserva de emergência;
- 5% para sonhos e projetos futuros;
- 10% para aposentadoria.
Essa estrutura permite que você desfrute da vida de maneira organizada, garantindo momentos de lazer no presente e no médio prazo, como uma viagem sonhada, sem comprometer sua estabilidade financeira.
Benefícios do equilíbrio
Desfrutar a vida de forma organizada permite viver com paz e liberdade. Ao contrário de uma abordagem baseada em dívidas, que gera ansiedade e um efeito rebote de felicidade desmedida seguido por estresse, o equilíbrio financeiro proporciona um prazer contínuo e sustentável.
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Saber que você pode aproveitar o presente sem prejudicar seu futuro é uma forma de viver verdadeiramente em paz, desfrutando os momentos sem culpa ou preocupação com as consequências financeiras.
Ao adotar essa estratégia, você cria um ciclo virtuoso de satisfação e segurança, em que cada despesa é uma escolha consciente e equilibrada, garantindo uma vida plena e financeiramente saudável.