O bilionário Elon Musk pode estar próximo de um memorável revés à frente da empresa de automóveis Tesla (TSLA34), da qual é CEO. No que depender do maior fundo soberano do mundo, pelo menos, essa deve ser a resposta ao pacote de remuneração que pagaria US$ 56 bilhões a Musk — pedido em abril deste ano.
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Mas a disputa que se desenha no presente vai para além dos acionistas da Tesla — e já foi travada pelo próprio fundo soberano norueguês no passado. No início deste ano, um juiz de Delaware decidiu por vetar o pagamento a Musk, sob a alegação de que seria injusto com os acionistas, além de classificar a quantia como ‘insondável’.
Pouco acostumado a ouvir não, o bilionário decidiu promover um verdadeiro referendo entre os acionistas da empresa, a partir da decisão do magistrado de Delaware. Em abril, Musk reapresentou a proposta à companhia. A votação está prevista para esta quinta-feira (13).
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No último sábado (8), o fundo soberano da Noruega se manifestou contrário à remuneração astronômica de Musk. Operado pelo Norges Bank (banco central norueguês), o fundo estatal de pensões é avaliado em nada menos do que US$ 1,7 trilhões. Além das cifras, ele figura como o oitavo maior acionista da Tesla.
“Permanecemos preocupados com o tamanho total do prêmio, a estrutura dada aos gatilhos de performance, diluição [da participação dos acionistas] e falta de mitigação do risco da pessoa-chave”, declarou o Norges Bank. O fundo já havia votado contra o pagamento em 2018; a maioria dos acionistas, por outro lado, se posicionou a favor.
As ações da Tesla acumulam perdas de 31,74% em 2024 e prejuízo de 30,58% nos últimos 12 meses, negociadas a US$ 169,57. No Brasil, o BDR da empresa automotiva é vendido a R$ 28,37 e acumula desvalorizações de 26,04% em 2024 e 23,90% no acumulado de 12 meses.