As taxas de juros negociadas no mercado futuro abriram com queda expressiva em toda a extensão da curva, em um comportamento já esperado pelos analistas, depois da decisão de política monetária do Banco Central (BC), no início da noite de quarta-feira (19).
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Em votação unânime, os diretores do BC decidiram por manter a taxa Selic inalterada nos atuais 10,50%. A unanimidade da decisão foi ainda mais importante que a manutenção da taxa, uma vez que o racha dos diretores na reunião anterior gerou especulações de interferência política, provocando volatilidade e aumento dos prêmios de risco.
“A decisão do colegiado do BC de manter a taxa básica de juros em 10,5% foi correta e prudente. E com votação unânime, tirou por enquanto a incerteza que existia de que pressões políticas pudessem intervir nessa decisão”, disse o estrategista da JF Trust, Eduardo Velho.
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No entanto, o profissional afirma não ver espaço para quedas mais intensas, levando em conta a indefinição da questão fiscal e a incerteza com a nomeação do próximo presidente do BC.
Às 11h20, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 projetava taxa de 10,590%, ante 10,714% do ajuste de quarta-feira (19). O DI para janeiro de 2026 projetava 11,13%, contra 11,35% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,49%, de 11,67%. E a de janeiro de 2029 era de 11,91%, contra 12,03%.
No mercado americano, que volta nesta quinta-feira (20) do feriado de Juneteenth, as taxas dos Treasuries sobem em todos os vencimentos.
