A agenda econômica da última semana de junho, traz a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) deste mês, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), além de números do Governo Central e do setor público consolidado.
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Lá fora, a expectativa maior está com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz o primeiro debate presidencial com o provável candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, antes das eleições de novembro.
Bolsas internacionais
Os mercados de ações da Europa operam em alta nesta manhã, tentando se recuperar das perdas de sexta-feira (21), apoiados por ações de montadoras e bancos após notícia de que a União Europeia e a China irão iniciar negociações sobre os planos do bloco de impor tarifas a veículos elétricos importados do país asiático. A queda inesperada do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha ficou em segundo plano.
Os futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) ficam mais perto da estabilidade, em dia de agenda esvaziada de indicadores nos EUA, que coloca as atenções em discursos de dirigentes do Fed.
Agenda econômica no Brasil
O Ibovespa pode tentar dar continuidade à alta de sexta-feira (21), mas o fôlego tende a ser curto se Nova York seguir com pouca tração. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,15% no mercado futuro, às 7h20.
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Enquanto isso, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) tinham alta de 0,57%, diante do avanço do petróleo, mas os da Vale (VALE3) cediam 0,09% diante queda da queda de 3,11% do minério de ferro.
O mercado fica em compasso de espera pela ata do Copom, o IPCA-15 e o RTI, mas também monitora a discussão das fontes de receita para cobrir a desoneração da folha de pagamentos e o déficit fiscal deste ano.
O líder do governo no Senado e relator do projeto de lei da desoneração, Jaques Wagner (PT-BA), disse na última sexta-feira que pode incluir em seu parecer uma alternativa de compensação ao benefício fiscal apenas para este ano.
Também ficam no radar as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pelos juros altos, mas o mercado ficou mais calmo depois de a autoridade monetária manter a Selic em 10,50% em decisão unânime na semana passada. Veja detalhes nesta matéria.
Agenda da semana
A agenda local desta segunda-feira traz a confiança do consumidor de junho (8h00), relatório Focus (8h25), nota do setor externo de maio (8h30). Na terça-feira (25), são esperados a ata do Copom e live com o Diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo. Na quarta-feira (26), o destaque é o IPCA-15 de junho e o Governo Central de maio.
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Na quinta-feira (27), são esperados o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) com entrevista do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, além do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho. Na sexta-feira (28), saem a nota de política fiscal de maio e taxa de desemprego pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
No exterior, nesta segunda-feira, os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) Claudia Buch e Edouard Fernandez-Bollo (10h00); Elizabeth McCaul (11h15); Isabel Schnabel (12h30) participam de eventos, assim como a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly (15h00).
Nesta terça-feira, saem o índice de atividade nacional do Fed de Chicago e o índice de confiança do consumidor dos EUA. Na quarta-feira, são esperados o índice de confiança do consumidor da Alemanha; vendas de moradias novas nos EUA; lucro industrial da China.
Quinta-feira é dia de índice de confiança do consumidor da zona do euro; relatório de estabilidade financeira do Banco da Inglaterra (BoE); Produto Interno Bruto (PIB) final dos EUA do primeiro trimestre; índice de preços de gastos com consumo (PCE) do 1º trimestre, além de vendas pendentes de imóveis, encomendas de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego, todos nos EUA. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e candidato democrata à reeleição faz debate com o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump.
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Na sexta-feira, é a vez do PIB do Reino Unido; renda pessoal dos EUA e PCE de maio, e ainda nos EUA tem o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan com as expectativas de inflação em um ano e cinco anos.