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Ibovespa hoje: Magalu (MGLU3) dispara mais de 12% e lidera ganhos do índice

O índice terminou o dia em alta de 1,07%, aos 122.636,96 pontos, e com volume negociado de R$ 18,1 bilhões

Ibovespa hoje: Magalu (MGLU3) dispara mais de 12% e lidera ganhos do índice
Fachada da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Werther Santana/Estadão
  • A principal referência da B3 terminou o dia em avanço de 1,07%, aos 122.636,96 pontos, e passou a acumular ganhos no mês de junho
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Hapvida (HAPV3) e MRV (MRVE3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Embraer (EMBR3), CCR (CCRO3) e Weg (WEGE3)

O Ibovespa hoje teve a sua quinta alta seguida e passou a acumular uma valorização de 0,44% no mês de junho. Com o alívio na percepção de risco local, a principal referência da B3 terminou o dia em avanço de 1,07%, aos 122.636,96 pontos, e com volume negociado de R$ 18,1 bilhões. Ao longo da sessão, oscilou entre máxima a 122.839,73 pontos e mínima a 121.307,01 pontos.

Já o dólar fechou em queda de 0,92% cotado a 5,3904, após cinco semanas consecutivas de valorização acentuada. Por trás do recuo da moeda americana, está a cautela dos investidores quanto ao anúncio dos dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos ao longo da semana. A notícia é importante para o mercado conseguir projetar o futuro da política monetária tanto doméstica quanto global.

Por aqui, a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) está marcada para quarta-feira (26). Já nos Estados Unidos, a expectativa se concentra na sexta-feira (28), quando será apresentado o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de maio, a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed).

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Já a agenda de terça-feira (25) conta com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “Mesmo com o mercado em compasso de espera em relação à ata que vai ser entregue amanhã, acredito que a decisão mais cautelosa fez com que os investidores tivessem uma luz no fim do túnel, enfatizando que a política fiscal precisa ser resolvida, já que com uma piora fiscal, temos um maior endividamento também”, ressalta Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

Apesar da cautela diante dos dados a serem divulgados ao longo da semana, a Bolsa brasileira conseguiu se sair bem nesta segunda-feira, com alta generalizada em diferentes setores. O Ibovespa se apoiou na queda dos juros futuros, que ajudou na valorização de ações de varejistas e construtoras. Papéis de peso para o índice, como os da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4), também conseguiram terminar o dia no campo positivo.

O grande destaque corporativo do pregão, no entanto, foi o anúncio de que o Magazine Luiza (MGLU3) celebrou um acordo com o Aliexpress, plataforma internacional do Alibaba, para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces. A varejista brasileira ressaltou, em comunicado, que essa é a primeira vez que seus produtos serão comercializados por meio de outra plataforma de marketplace.

Investidores também estiveram atentos às ações da Sabesp (SBSP3), que subiram 4,11%, em meio ao andamento do processo de privatização da companhia. Na última sexta-feira (21), a empresa apresentou o prospecto da oferta de ações, cujo lote base prevê a venda de 191.713.044 papéis, que poderá ser aumentado em um lote adicional em mais 28.756.956 ações em caso de demanda forte.

Em Nova York, os principais índices acionários encerraram sem sinal único, com Dow Jones em alta de 0,67%, enquanto S&P 500 e Nasdaq amargaram perdas de 0,31% e 1,09%, respectivamente. A sessão foi marcada pela queda da Nvidia (NVDA), que encerrou em baixa de 6,68%, pesando em outras companhias do setor de chips. Por outro lado, ações de bancos avançaram, assim como petroleiras, que subiram acompanhando a valorização da commodity no mercado internacional.

Maiores altas

As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Hapvida (HAPV3) e MRV (MRVE3).

Magazine Luiza (MGLU3): +12,28%, R$ 12,16

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram os ganhos do Ibovespa na sessão e encerraram o dia em disparada de 12,28% cotadas a R$ 12,16. O movimento ocorreu após o anúncio de parceria com o Aliexpress. Analistas encaram a notícia de forma positiva pelo fato de ampliar a gama de produtos vendidos no marketplace da empresa. No entanto, ponderam que o acordo dificilmente irá aumentar a competitividade do Magalu diante de concorrentes como Mercado Livre e Amazon. Mais detalhes podem ser conferidos nesta reportagem.

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A MGLU3 está em baixa de 1,86% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 43,36%.

Hapvida (HAPV3): 5,99%, R$ 3,89

Quem também se saiu bem foram os papéis da Hapvida (HAPV3), que fecharam em valorização de 5,99% a R$ 3,89. As ações foram impulsionadas pelo recuo do dólar e pelo fechamento da curva de juros. “Os ativos de risco se recuperam nesse cenário favorável. Esses papéis, que sofreram nos últimos anos, vêm mostrando uma recuperação mais acelerada nos últimos balanços e ganham mais fôlego”, explicou o analista Rafael Passos, sócio da Ajax Asset, ao Broadcast.

A HAPV3 está em baixa de 2,51% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,58%.

MRV (MRVE3): 5,43%, R$ 6,99

Entre os destaques positivos da sessão, estiveram também as ações da MRV (MRVE3), que encerraram em alta de 5,43%, sendo negociadas a R$ 6,99. Mais sensíveis aos juros altos, os papéis da empresa pegaram carona na melhora do humor local na véspera da ata do Copom.

A MRVE3 está em alta de 1,01% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 37,76%.

Maiores quedas

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Embraer (EMBR3), CCR (CCRO3) e Weg (WEGE3).

Embraer (EMBR3): -1,03%, R$ 37,48

Os papéis da Embraer (EMBR3) registraram a principal queda do Ibovespa e encerraram o dia em baixa de 1,03% a R$ 37,48. O desempenho negativo ocorreu em meio ao enfraquecimento do dólar em relação ao real.

A EMBR3 está em alta de 3,45% no mês. No ano, acumula uma valorização de 67,4%.

CCR (CCRO3): -0,67%, R$ 11,95

Entre as principais baixas, estiveram ainda as ações da CCR (CCRO3), que fecharam o pregão em queda de 0,67% a R$ 11,95. O Bank of America (BofA) reiterou recomendação neutra para a companhia, destacando que considera a empresa um nome defensivo e com um valuation justo. O preço-alvo para os papéis, por sua vez, caiu de R$ 16 para R$ 14,5.

A CCRO3 está em baixa de 0,75% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,9%.

Weg (WEGE3): -0,51%, R$ 40,87

Completando a lista de maiores perdas, figuraram os papéis da Weg (WEGE3), que terminaram o dia em desvalorização de 0,51% a R$ 40,87. “O cenário está mais propício ao risco e, com isso, papéis mais defensivos ou com receita dolarizada ficam em segundo plano”, pontuou o economista-chefe da Fami Capital, Gustavo Bertotti, ao Broadcast.

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A WEGE3 está em alta de 8,84% no mês. No ano, acumula uma valorização de 11,79%.

*Com Estadão Conteúdo

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