O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,62%, aos 128.009 pontos nesta quinta-feira (11). A abertura de negócios ocorre com investidores repercutindo a decisão da reforma tributária.
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A Câmara dos Deputados aprovou o primeiro texto-base da regulamentação na noite de quarta-feira (10) com uma trava para a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que não deverá ultrapassar 26,5%, e ampliando a cesta básica com imposto zero – deixando as carnes de fora da lista de produtos isentos. Foram 336 votos a favor, 142 contra e duas abstenções na votação da última quarta-feira.
A trava passará a valer a partir de 2033, depois do período de transição da reforma tributária. Caso a alíquota ultrapasse o limite de 26,5%, o governo será obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), um projeto de lei complementar com medidas para reduzir a carga tributária.
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho concentra as atenções no exterior, juntamente com a calibragem das apostas sobre o início do corte de juros em setembro no país. Segundo dados com ajustes sazonais divulgados há pouco pelo Departamento do Trabalho, o CPI caiu 0,1% em junho ante maio. Na comparação anual, o indicador subiu 3% em junho, desacelerando frente ao aumento de 3,3% em maio.
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Na quarta-feira (10), o presidente do Federal Reserve (Fed, bc estadunidense), Jerome Powell, voltou a renovar as expectativas de que haja uma redução de juros nos EUA em depoimento na Câmara. Segundo ele, o BC americano não precisa esperar a inflação chegar à meta de 2% ao ano para cortar os juros, embora o afrouxamento monetário esteja condicionado a próximos indicadores econômicos e maior confiança na continuidade do processo de desinflação.
As falas foram bem recebidas pelo mercado: o S&P 500 e a Nasdaq bateram recordes, enquanto os juros dos títulos recuaram, assim como o dólar.
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Confira outros 4 destaques desta quinta-feira
Bolsas internacionais
Os índices futuros das bolsas de Nova York recuam, enquanto os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem moderadamente. As bolsas europeias avançam, com investidores digerindo o balanço da Pepsico (PEPB34), com lucro líquido de US$ 3,08 bilhões no 2º trimestre de 2024.
Na Rússia, o parlamento aprovou um projeto de lei que aumenta o imposto de renda para os ricos, em uma medida para ajudar o governo a financiar combates na guerra contra a Ucrânia. Estima-se que a reforma tributária trará 2,6 trilhões de rublos (US$ 29 bilhões) em receitas federais adicionais para a Rússia em 2025.
Dados de varejo
No contexto local, os dados de varejo de maio devem movimentar o principal índice da B3. As vendas do comércio varejista subiram 1,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 5,6% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 3,4%. Quanto ao varejo ampliado, as vendas subiram 0,8% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal.
Commodities
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 1,22% no início da manhã desta quinta-feira (horário de Brasília), em meio à valorização de 0,79% do minério de ferro na China.
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Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) tinham leve alta de 0,07% também no início da manhã, reagindo ao relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e ao avanço do petróleo.
- Veja também: novos capítulos da troca de comando da Vale, troca de CEO do banco Inter e saída da Cielo da Bolsa são os destaques
Mercado brasileiro
O Índice Bovespa pode ter oscilações mais estreitas, assim como os depósitos interbancário (DIs) e o dólar. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, estava estável no pré-mercado no início da manhã.
Na quarta-feira (10), apesar da queda de Vale e um fraco desempenho de Petrobras, o Ibovespa cravou a sua oitava alta consecutiva, puxada por grandes bancos em meio ao recuo dos DIs e do dólar, na esteira do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho abaixo das projeções do mercado – confira detalhes aqui – e da queda dos retornos dos Treasuries antes do CPI americano.
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*Com informações do Broadcast