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O que diz o Santander sobre as vendas da MRV (MRVE3) no 2º trimestre? Veja

O banco tem recomendação outperform (equivalente a compra) para a empresa, com preço-alvo de R$ 14

O que diz o Santander sobre as vendas da MRV (MRVE3) no 2º trimestre? Veja
Empreendimento multifamily da Luggo, startup da MRV (MRVE3) Foto: Divulgação/Luggo

O Santander (SANB11) avalia que os dados operacionais da MRV (MRVE3) divulgados na última quarta-feira (10) mostraram forte desempenho de vendas, superando a estimativa do banco, mas o banco destaca que a geração de caixa da construtora “continua frágil”. O Santander tem recomendação outperform (equivalente a compra), com preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 98,3% sobre o último fechamento do papel.

“Os lançamentos da MRV atingiram R$ 2,2 bilhões, crescimento de 74% na comparação anual e 5% acima da nossa estimativa. Além disso, as vendas contratadas líquidas atingiram R$ 2,5 bilhões, aumento de 14% na comparação anual e 12% acima da nossa estimativa, resultando em uma relação vendas sobre oferta líquida de 33,8% no segundo trimestre de 2024”, destacam os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, em relatório.

Os profissionais também chamam atenção para o preço médio das unidades vendidas, que atingiu R$ 251 mil, aumento de 1,4% no trimestre. As concessões pro soluto, por sua vez, foram ainda mais reduzidas e atingiram 12,6% das vendas contratadas,observam.

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O time pontua ainda a geração de caixa operacional (incluindo venda de recebíveis) da divisão de incorporação imobiliária BZ da MRV, que atingiu R$ 9 milhões, um pouco abaixo da geração de caixa de R$ 25 milhões reportada no primeiro trimestre.

“Ainda assim, é importante ressaltar que a contribuição líquida da cessão de recebíveis no segundo trimestre foi R$ 108 milhões menor do que no trimestre anterior; e a geração de caixa no trimestre também foi impactada negativamente em R$ 30 milhões, refletindo mudanças recentes nas condições de pagamento da Caixa Econômica Federal relativas a transferências”, escreveram. Além disso, acrescentam, a produção continuou melhorando e atingiu 8,9 mil unidades no segundo trimestre (aumento de 10,5% na comparação trimestral).

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“Por último, notamos também que a Urba reportou consumo de caixa de R$ 21 milhões, enquanto a Luggo atingiu o ponto de equilíbrio no trimestre”, observam.

Empreendimentos vendidos pela Luggo totalizaram R$ 281 milhões de abril a junho. A empresa anunciou que dois dos projetos vendidos no trimestre foram transferidos para uma instituição financeira e, portanto, a geração de caixa desses projetos deverá acompanhar o ritmo de construção, o que, segundo o Santander, poderá melhorar a geração de caixa da divisão nos próximos trimestres.

A Resia começou a alugar outro projeto (Rayzor Ranch em Denton Texas) e hoje conta com cinco projetos em fase de estabilização. “A empresa arrendou 193 novas unidades no segundo trimestre, ou em torno de 30% das 638 unidades que ainda estavam disponíveis para locação até o final de abril 2024. Destacamos que o consumo de caixa da Resia atingiu R$ 370 milhões no período, pressionado pela falta de vendas de empreendimentos no período”, acrescenta o banco.

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Por fim, o Santander ressalta que a deterioração do consumo de caixa veio principalmente do financiamento à construção, que contribuiu com R$ 290 milhões de queima de caixa no trimestre.