- O Inter (INBR32, INTR) é um dos novos integrantes do Índice MSCI Brazil, América Latina e de Mercados Emergentes, com participação de 0,4%, 0,27% e 0,02%, respectivamente
- Os indicadores “Morgan Stanley Capital International” (MSCI) são considerados a porta de entrada dos investidores institucionais estrangeiros nesses mercados e devem trazer um fluxo novo e relevante para as ações
- De acordo com Santiago Stel, CFO do Inter, é difícil estimar um número exato, mas são esperados por analistas de mercado algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de demanda adicional
As ações do Inter (INBR32, INTR) devem integrar a partir de setembro os índices MSCI Brazil, América Latina e de Mercados Emergentes, com participações de 0,4%, 0,27% e 0,02% em cada um, respectivamente. Os indicadores “Morgan Stanley Capital International” (MSCI) são considerados a porta de entrada dos investidores institucionais estrangeiros nesses mercados. Por isso, a expectativa é de que tragam um fluxo novo e relevante para os papéis do banco digital.
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Fora o Inter, empresas como Nubank (ROXO34) e XP (XPBR31) também integrarão o MSCI Brazil. O indicador fez uma mudança de metodologia e agora passa a aceitar empresas brasileiras listadas no exterior.
De acordo com Santiago Stel, CFO do Inter, é difícil estimar um número exato, mas são esperados pelo mercado algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de demanda adicional para os papéis, em função da entrada nesses benchmarks. “Equivale a aproximadamente de 8 e 10 dias úteis de liquidez do Inter, que hoje está em US$ 20 milhões”, diz Stel, em entrevista ao E-Investidor. “Há fundos ofertados em todo o mundo que são atrelados a esses índices.”
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O anúncio da entrada do Inter nos indicadores MSCI foi feita na última segunda-feira (12) e já resultou em um aumento de liquidez, nesta terça (13), de US$ 39 milhões nas negociações feitas nos Estados Unidos. Os papéis INTR, listados na Nasdaq, terminaram a sessão de hoje com valorização de 6,11%, aos US$ 7,29. Já os BDRs — títulos atrelados a ações listadas no exterior, mas que são negociados na B3 –, negociados no Brasil sob o código INBR32, registravam altas de 5,28%, aos R$ 39,29.
Para Stel, a entrada do Inter nos índices internacionais reflete a boa execução do plano de negócios “60/30/30” traçado pelo Inter para alcançar 60 milhões de clientes, um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 30% e 30% de índice de eficiência até 2027.
“Para nós, o importante não é tanto o movimento de curto prazo”, afirma Stel. “A ideia é que os fundos que estão entrando agora no índice, que estão comprados na companhia, nos acompanhem ao longo da execução do nosso plano de negócios. Já executamos ⅓ desse plano, com adiantamento em métricas como eficiência.”
Rafaela Vitória, diretora da área de Relações com Investidores (RI) do Inter, também tem uma perspectiva positiva à frente. “Esse é um passo importante no trabalho que a gente vem fazendo, de diversificar a base de investidores. Desde que mudamos a listagem para a Nasdaq, a gente tem esse objetivo de ter uma base mais diversificada, principalmente com investidores internacionais”, afirma. “A inclusão nos índices MSCI Brazil, Latam e Emerging Markets mostra a importância do Inter no mercado, não só pelas entregas de resultado, mas para o investidor do ponto de vista de liquidez.”
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