A Raízen (RAIZ4) reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre da safra 2024 e 2025. O número é uma reversão do lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões do mesmo período do ano passado. Analistas da XP Investimentos contam que o resultado prova que um início de ano lento para a empresa se concretizou, particularmente devido a volumes fracos de açúcar e etanol e questões pontuais que afetaram negativamente as margens da Mobilidade Brasil.
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“Embora o resultado tenha sido um pouco menor do que o esperado, o Ebitda ajustado (excluindo R$ 1,8 bilhão de créditos fiscais) foi de R$ 2,3 bilhões, 7% abaixo das nossas estimativas. Isso aconteceu devido às margens mais fracas de Açúcar e Mobilidade Brasil”, apontam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, que assinam o relatório da XP.
Os analistas também destacam alguns pontos positivos do balanço da empresa do setor sucroalcooleiro, como a redução dos custos de caixa unitários (açúcar equivalente), que diminuíram 2% na comparação anual. Segundo os analistas, isso deixou um espaço para um maior otimismo em relação às margens de açúcar e etanol à medida que os volumes devem crescer nos próximos trimestres.
Raízen tem melhora no endividamento e analistas recomendam compra
Os especialistas também comentam que a alavancagem da Raízen permaneceu controlada em 2,3 vezes da Divida Líquida sobre o Ebitda, apesar da estratégia de volumes mais baixos, enquanto o investimento (capex) ficou em linha com as estimativas da equipe da XP.
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“A monetização de crédito tributário permaneceu forte e chegou a R$ 1,2 bilhão no trimestre. Apesar de alguns pontos positivos, acreditamos que o resultado do primeiro trimestre da safra 2024/2025 será neutro para o desempenho das ações, embora as posições vendidas possam fazer com que as ações subam”, dizem Alencar, Fonseca e Isaak.
Em seu site, a XP diz que tem recomendação de compra para as ações da Raízen com preço-alvo de R$ 6,00 para o fim de 2024, uma alta de 77% na comparação com o fechamento de terça-feira (13), quando a ação encerrou o pregão a R$ 3,39.
“Em nossa opinião, a Raízen (RAIZ4) está mais bem posicionada para aproveitar a tendência e é uma força motriz por trás dela, não apenas devido à sua exposição ao etanol, mas também devido aos vários projetos de energia verde da empresa, dos quais destacamos o E2G”, dizem os analistas.