A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, pretende anunciar novos serviços na área de crédito nos próximos meses. O movimento vem após a operadora de telefonia anunciar, nesta segunda-feira (2), que o Banco Central (BC) liberou para a companhia a licença para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD).
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Essa licença autoriza a empresa a realizar operações de empréstimo e financiamento de forma direta, ou seja, sem a intermediação de um banco tradicional. Hoje, a companhia contrata plataformas de terceiros, o chamado bank as a service.
Na prática, a licença de SCD permite à Vivo atuar como uma fintech (empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios) de crédito.
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Em nota divulgada à imprensa, a companhia afirmou que a permissão é um marco importante, pois dá mais flexibilidade para desenvolver novos serviços e para aumentar a eficiência de sua operação de fintech.
“Esta é uma evolução natural da jornada da Vivo na vertical de serviços financeiros. Desde 2020, começamos a ofertar os primeiros produtos financeiros, utilizando a potencialidade do ecossistema Vivo”, afirmou o diretor da Vivo Fintech, Leandro Coelho, em nota distribuída à imprensa.
Os serviços que serão lançados nos próximos meses ficarão sob a marca Vivo Pay, sua plataforma de soluções financeiras, segundo informou em nota.
Entre esses novos serviços, está uma conta digital destinada à sua base de clientes e com benefícios exclusivos, além de novos produtos de crédito, carro-chefe do portfólio de serviços financeiros da empresa.
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O empréstimo pessoal da Vivo alcançou R$ 446 milhões em junho, um aumento de 62,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. E recentemente a companhia lançou mais dois serviços de crédito: parcela Pix e antecipação do saque-aniversário do FGTS.
O portfólio do Vivo Pay inclui ainda seguro para celulares e outros dispositivos, como tablets e notebooks. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, as receitas de serviços financeiros da Vivo somaram R$ 450 milhões, um crescimento de 26,9% na comparação anual.
Na nota à imprensa, a companhia ressaltou que a migração para o novo modelo será sem impacto para o consumidor final. A tele explicou que, ter controle fim a fim da operação, dá autonomia para que ela integre cada vez mais os serviços financeiros aos seus canais, resultando em uma melhor experiência de uso.
A estratégia é alavancar os novos serviços por meio do aplicativo Vivo, que hoje já é usado por oito a cada dez clientes que querem falar com a Telefônica Brasil (VIVT3). Os assinantes podem contratar e gerenciar o portfólio financeiro por meio do aplicativo Vivo, na aba Vivo Pay, sem precisar fazer o download de outro aplicativo.
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* Com informações do Broadcast