Os mercados devem seguir nesta sexta-feira (13) com ajustes nas apostas para as decisões sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (18). O mercado financeiro hoje traz o sentimento do consumidor dos Estados Unidos e as expectativas de inflação. Na China, saem as vendas no varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos em agosto. Há também a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
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Ainda na agenda hoje, a Secretaria de Política Econômica da Fazenda divulga o Prisma Fiscal, boletim com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais e o Boletim Macrofiscal e grade de parâmetros macroeconômicos, com projeções que vão nortear o próximo relatório bimestral de receitas e despesas.
Confira os 6 destaques do mercado financeiro hoje
Juros
Nos Estados Unidos, investidores repercutem uma reportagem do The Wall Street Journal mostrando que o debate sobre a dimensão do passo inicial ainda está “aberto”.
A curva futura ainda mostra maior probabilidade de uma redução de 0,25 ponto porcentual, mas o cenário de meio ponto porcentual ganhou força.
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O ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, defendeu que há um argumento forte em favor de um afrouxamento mais agressivo. Como consequência, as chances de a autoridade monetária abrir o ciclo de relaxamento com um corte de 50 pontos-base tiveram um salto nas últimas horas.
Na quinta-feira (12), o Banco Central Europeu (BCE) reduziu a taxa de depósito em 25 pontos-base. A presidente do BCE, Christine Lagarde, reforçou que o próximo passo dependerá da evolução dos indicadores econômicos, sem se comprometer com uma trajetória específica.
Já nesta sexta-feira, o Banco Central russo elevou sua taxa básica de juros em 100 pontos-base, para 19% ao ano.
No cenário local, na quinta-feira (12) à tarde, a curva de juro a termo precificava 72% de chance de aumento de 50 pontos, para 11%, na semana que vem, e 28% de probabilidade de alta de 25 pontos. Mas uma ampla maioria do mercado ainda espera uma alta de 25 p.b, segundo o Projeções Broadcast.
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A mediana para a taxa Selic no fim de 2024 passou de 10,50% para 11,25%, na comparação com o levantamento realizado no dia 19 de agosto.
Bolsas internacionais
Os futuros de Nova York sobem nesta manhã, juntamente às bolsas europeias em meio a especulações sobre os próximos passos a serem tomados pelo Fed.
Na zona do euro, a produção industrial caiu 0,3% em julho ante junho, e analistas previam uma queda maior, de 0,4%.
Eleições americanas
No cenário eleitoral, a primeira pesquisa da Reuters/Ipsos de intenção de voto após o debate presencial americano mostra a candidata democrata Kamala Harris na liderança contra o candidato republicano Donald Trump.
Conforme o levantamento, 47% dos eleitores registrados dizem que votariam em Harris se a eleição fosse hoje, em comparação com 42% que votariam em Trump. A pesquisa também revelou que metade dos eleitores registrados acredita que Harris ganhou o debate.
Prévia do PIB
O IBC-Br de julho fica no radar dos investidores nesta manhã, antes da abertura dos negócios. A mediana do mercado indica queda de 0,50% do indicador, após alta de 1,37% em junho.
O indicador ganha destaque após os números de volume de serviços e vendas no varejo mais fortes fazerem o mercado colocar fichas em uma alta mais agressiva da Selic.
Commodities
Entre as commodities, o minério de ferro fechou em queda de 0,29% em Dalian, na China, cotado a 694 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 97,48. O petróleo, por sua vez, amplia ganhos perto de 1,00%.
Mercado brasileiro
O tom positivo das bolsas internacionais e o avanço firme do petróleo podem ajudar o Ibovespa nesta sexta-feira. Na véspera, o índice ignorou o movimento do exterior e fechou em queda na esteira da Petrobras (PETR3; PETR4) – veja aqui.
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O mercado financeiro hoje também ficará atento às projeções do governo para PIB e inflação e repercute a notícia sobre o esforço do governo em ganhar uma melhora na nota de rating soberano do Brasil, diante da surpresa positiva com o resultado das contas públicas de 2024, segundo técnicos do governo.
* Com informações do Broadcast