O Bradesco (BBDC4) reportou um lucro líquido de R$ 5,2 bilhões entre julho e setembro, alta de 13,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro de 2024, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 14,1 bilhões, alta de 5,5% em relação ao lucro acumulado de janeiro e setembro de 2023. No entanto, mesmo com alta do lucro no acumulado do ano, o banco teve uma redução no pagamento de dividendos.
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Segundo o balanço do terceiro trimestre de 2024, os acionistas receberam R$ 8,17 bilhões em dividendos do Bradesco entre janeiro e setembro de 2024. Já o balanço do mesmo período de 2023, revela que os investidores receberam R$ 8,6 bilhões em proventos do Bradesco. A diferença equivale a uma queda de 5,23% nos dividendos pagos empresa entre janeiro e setembro de 2024 na comparação com o acumulado de janeiro a setembro de 2023.
O E-Investidor questionou a gestão do CEO Marcelo Noronha dos motivos dessa redução do valor dos dividendos na comparação entre os 9 meses de 2024 com o mesmo período de 2023. Segundo Oswaldo Tadeu Fernandes, diretor executivo, não há nenhuma estratégia de redução de dividendos do banco. De acordo com o executivo, o Bradesco provisionou os juros sobre o capital próprio do período.
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“Esperamos para o ano de 2024 um pagamento maior de dividendos que em 2023. Essa diferença vista no acumulado do ano até aqui será equalizada no pagamento de dividendo do quarto trimestre de 2024”, afirmou Fernandes em respostas ao questionamento do E-Investidor. Em 2023, o Bradesco pagou um total de R$ 11,31 bilhões em dividendos no acumulado dos quatro trimestres, para chegar nesse patamar em 2024, a empresa teria que pagar cerca de R$ 3,14 bilhões em dividendos referentes ao resultado do quarto trimestre de 2024.
Como foi o balanço do Bradesco?
Além de alta de 13,1% no lucro, o Bradesco reportou uma alta anual de 0,9% da margem financeira total no terceiro trimestre, para R$ 15,999 bilhões. Em um trimestre, houve alta 2,7%. A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 943,891 bilhões, alta de 7,6% em um ano, e de 3,5% em relação ao trimestre anterior. O motor foram as operações para pessoas jurídicas, que cresceram 11,2% em um ano, puxadas pelas pequenas e médias empresas (+16,9%). A carteira de pessoas físicas subiu 8,9% no mesmo período.
As receitas com serviços tiveram alta de 8,7% em um ano, para R$ 9,904 bilhões, puxadas por cartões e operações de crédito. Sem a consolidação dos números da Cielo, a alta anual teria sido de 5,1%, para R$ 9,6 bilhões, de acordo com o banco.
A inadimplência era de 4,2%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, baixa de 1,4 ponto porcentual em um ano. Houve melhoria em todos os segmentos, em especial nos de varejo, o que engloba pessoas físicas e empresas de menor porte. As receitas com serviços tiveram alta de 8,7% em um ano, para R$ 9,904 bilhões, puxadas por cartões e operações de crédito. Sem a consolidação dos números da Cielo, a alta anual teria sido de 5,1%, para R$ 9,6 bilhões, de acordo com o Bradesco (BBDC4).
* Com informações do Broadcast