A ação da Eletrobras (ELET3; ELET6) pode disparar 71% em 2025 e o investidor deve comprar o ativo agora, dizem os analistas do BTG Pactual em relatório publicado nesta quarta-feira (18). Os analistas estimam preço-alvo de R$ 59,00, estipulado para os próximos 12 meses, ante o fechamento aos R$ 34,47 no encerramento do pregão de quarta-feira (18).
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Os analistas Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende comentam que estão otimistas com a empresa do setor elétrico, principalmente após notícias recentes mostrarem que o governo e os controladores privados da Eletrobras estão chegando a um possível acordo.
Ontem, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova prorrogação do prazo para finalizar as negociações sobre a participação da União na companhia – entenda mais aqui. Segundo informações do Broadcast, o último prazo vencia nesta terça-feira (17). Na petição, as partes se comprometem a entregar o termo de conciliação ao Supremo até fevereiro de 2025, antes da eleição da nova composição dos conselhos de Administração e Fiscal da Eletrobras.
As partes alegaram que as tratativas estão em estágio conclusivo e afirmaram que o prazo adicional é necessário para elaborar o termo de conciliação. “Tal dinâmica negocial tem o propósito de garantir uma solução juridicamente segura, conclusiva, que atenda aos melhores princípios do direito e dos interesses público e privado em questão”, diz a petição obtida pelo Broadcast.
Por que a Eletrobras e o governo buscam um acordo?
A tentativa de acordo é feita no âmbito de ação ajuizada pela AGU para questionar a limitação do poder de voto do governo na Eletrobras a 10%. A União quer poder proporcional à sua participação acionária, de cerca de 43%. O relator, Kássio Nunes Marques, enviou o caso para conciliação em dezembro de 2023 e já prorrogou o prazo três vezes.
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Segundo os analistas do BTG Pactual, a petição é cheia de detalhes e tem um “tom muito positivo”. O banco vê dois pontos que se destacam na petição. O primeiro é a questão do prazo, indicando que tudo tende a ser resolvido até fevereiro de 2025. O segundo diz respeito ao fato de o governo sinalizar que não votará na reunião que analisará o acordo proposto. Os fundos relacionados ao governo também não votarão, tendendo a fazer com que os riscos políticos sobre a Eletrobras diminuam.
- Confira também: O investidor de Eletrobras está blindado de riscos políticos?
Além disso, os especialistas relatam que a empresa está atrativa para o investidor após um ano de trabalho. Além disso, alguns riscos foram atenuados, como a questão do Amazonas. “Essa situação no Norte do Brasil teve uma ótima revisão de taxa de transmissão, venda, troca de ativos e corte de custos. O desenvolvimento de negociações com o governo (mesmo que nenhum acordo seja fechado) também marcou outro excelente esforço da equipe de gestão”, apontam Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende, que assinam o relatório.
O otimismo do BTG ocorre após a gestão da companhia ter diminuído os riscos políticos sobre a empresa e de ter realizado uma gestão em 2024 com foco em redução de custos e melhorias na rentabilidade. Desse modo, o recomendado pelos analistas é comprar a ação da Eletrobras (ELET3; ELET6) e aguardar o provável lucro de 71%.