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Treasuries recuam de olho em leilão e à espera de relatório de emprego nos EUA

Sinais de que o BC americano pode ser mais conservador no ciclo de cortes de juros também impactaram as taxas

Treasuries recuam de olho em leilão e à espera de relatório de emprego nos EUA
Juros e economia (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) recuaram nesta quarta-feira (8), interrompendo as altas recentes, após o fim do efeito técnico do leilão primário de T-Bond. Mercado também se preparava para a divulgação do relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos em dezembro na sexta-feira, já que a sessão amanhã será abreviada em observância ao dia nacional do luto em memória do ex-presidente Jimmy Carter.

Neste fim de tarde, o juro da T-note de 10 anos recuava a 4,675% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,916%. O retorno da T-note de 2 anos tinha baixa a 4,274%.

O Tesouro dos EUA leiloou US$ 22 bilhões em T-bond de 30 anos, com juro máximo de 4,913%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,52 vezes, acima da média recente de 2,41 vezes, de acordo com o cálculo do BMO Capital Markets. Habitualmente, os traders puxam as taxas no mercado secundário antes dos leilões.

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Mais cedo, o rendimento do T-bond de 20 anos superou a marca psicológica de 5% pela primeira vez desde novembro de 2023, em meio aos sinais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode ser mais conservador no ciclo de cortes de juros. Embora seja menos acompanhado por investidores, o papel de 20 anos costuma ser um indicativo do que está por vir nos demais vértices. Perto das 18h07, a taxa nesse vencimento estava em 4,981%.

A expectativa de que o Federal Reserve (Fed) adotará uma postura mais conservadora no ciclo de cortes de juros foi reforçada pela ata do último encontro decisório em 17 e 18 de dezembro. Divulgado nesta tarde, o documento mostrou que o Fed, provavelmente, abrandaria o ritmo de novos ajustes da posição da política monetária.

A alta recente dos rendimentos dos Treasuries tem puxado taxas de títulos soberanos ao redor do globo, como o dos títulos JGBs, do Japão, e dos gilts britânicos. Nesse último caso, a escalada fez os juros de 10 anos tocarem os maiores níveis desde 2008, evidenciando o ceticismo do mercado com o estado das contas públicas do Reino Unido. Com sinais de inflação persistente e pouco espaço para despesas, teme-se pelo governo do primeiro-ministro do país, Keir Starmer.