O que este conteúdo fez por você?
- Para alguns suas medidas podem cair como uma bomba, já para outros o cenário pode abrir uma janela de oportunidades
- Trump é conhecido por ser abertamente pró-negócio e defensor de medidas protecionistas
- Republicano construiu sua campanha com promessas que focam no fortalecimento da economia americana
A recente reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos promete uma série de mudanças que podem transformar o cenário global. Para alguns suas medidas podem cair como uma bomba, já para outros o cenário pode abrir uma janela de oportunidades. Trump é conhecido por ser abertamente pró-negócio e defensor de medidas protecionistas. Ele traz uma combinação de oportunidades e desafios que devem impactar tanto o mercado financeiro internacional quanto a economia brasileira local. Para investidores como eu, esse momento requer estratégias bem definidas, especialmente no que diz respeito à diversificação do patrimônio e à exposição ao mercado americano.
- Leia mais: “Com a volta de Trump, o dólar tende a ganhar força como um ativo de proteção”, diz Arko Advice
Uma coisa é certa: nunca aposte contra a América. A história recente mostra que a economia americana é resiliente e que, mesmo após a crise de 2008, os EUA demonstraram capacidade de recuperação rápida, o que reforça a ideia de que investir no mercado americano pode ser uma estratégia segura e lucrativa no longo prazo. E com isso na minha visão, sob a liderança de Trump, o ambiente para investimentos nos Estados Unidos tende a se tornar ainda mais atrativo, especialmente para empresas e setores ligados à infraestrutura, tecnologia e energia.
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Trump construiu sua campanha com promessas que focam no fortalecimento da economia americana. Entre elas estão cortes de impostos, aumento das tarifas de importação e uma postura agressiva no combate à imigração ilegal. Embora essas medidas possam estimular setores internos dos EUA, elas também representam riscos inflacionários e tensões comerciais globais. No curto prazo, tais políticas tendem a atrair mais capital para os Estados Unidos, fortalecendo o dólar e pressionando economias emergentes como o Brasil.
Impactos no Brasil: o que esperar?
Um dólar mais forte tende a pressionar ainda mais o câmbio brasileiro, que já está acima dos R$ 6,10. Isso significa importações mais caras, produtos subindo de preço e uma inflação ainda mais pressionada. Enquanto isso, temos uma Selic nas alturas, que encarece o crédito e trava o crescimento. Para piorar, o governo ainda não fez cortes de gastos significativos nem avançou em reformas estruturais, deixando a economia mais vulnerável a qualquer turbulência externa. Com Trump reeleito nos EUA, a pressão sobre o Brasil pode aumentar ainda mais, o que torna o cenário ainda mais desafiador.
Além disso, a política protecionista de Trump pode dificultar as exportações brasileiras para os EUA, especialmente em setores como o agronegócio e a indústria. Trump já demonstrou interesse em aumentar tarifas sobre produtos sul-americanos, incluindo os brasileiros, sob a justificativa de que os Estados Unidos pagam taxas excessivas por esses produtos. Esse cenário aumenta os desafios para a balança comercial brasileira e pode exigir maior esforço diplomático para mitigar os impactos.
Por outro lado, essa mesma pressão também cria oportunidades para o investidor brasileiro. Em um cenário de dólar valorizado, manter parte do patrimônio dolarizado é uma estratégia inteligente. Investir em ativos americanos como ações, fundos imobiliários e ETFs pode proteger o capital contra oscilações da moeda e ainda oferecer exposição a uma economia robusta e diversificada. Para o investidor brasileiro, alocar uma parte do patrimônio em dólar é uma forma de proteger-se contra os riscos locais, como inflação alta, instabilidade política e desajuste fiscal. O dólar, além de ser a moeda de reserva mundial, tende a se valorizar em momentos de crise global, funcionando como um ativo de proteção.
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