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Criptomoedas

O que ameaça o suporte de preço do bitcoin?

Por volta das 14h30 (horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado apresentava uma queda de 1,5%

O que ameaça o suporte de preço do bitcoin?
O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)

A semana tem sido de correção de preço para o bitcoin (BTC) em dólar. Desde a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos (EUA), na terça-feira (7), a maior criptomoeda em valor de mercado encara um período de liquidação. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o BTC apresenta uma desvalorização de 1,54%, sendo cotado a US$ 93,6 mil. Ao olhar para a performance nos últimos cinco dias, as perdas chegam a 4,73% após o ativo digital encostar a mínima de US$ 91,9 mil.

A depreciação reflete as dúvidas dos investidores sobre a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Com a criação de 8 milhões de postos de trabalho, o mercado avalia se o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) terá condições de dar continuidade aos cortes dos juros nas próximas reuniões. O receio surge porque, quando a economia vai muito bem, aumenta o risco de uma aceleração da inflação.

Já na ata do Fed, divulgada na tarde de quarta-feira (8), a autoridade monetária demonstrou cautela sobre a condução da política monetária, especialmente neste momento de troca de governo. “Um mercado de trabalho robusto pode levar a decisões mais rígidas por parte do Fed, o que impacta diretamente o apetite dos investidores por ativos de risco, como o Bitcoin”, diz Julian Colombo, diretor sênior de políticas públicas para a América do Sul da Bitso.

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Dado esse cenário, a zona de suporte do bitcoin tem sido as faixas de preço entre US$ 90 e US$ 92 mil, até o momento. No entanto, a divulgação do relatório do mercado de trabalho americano (payroll), previsto para ser divulgado nesta sexta-feira (10), poderá pressionar ainda mais a cotação do BTC, caso os não venham em linha com as expectativas do mercado. “Números acima do esperado podem ser o catalisador para o rompimento desse suporte, causando um movimento de baixa que deve chegar até próximo de US$ 80 mil”, diz Fernando Pereira, analista da Bitget.

Além disso, a justiça americana autorizou o governo dos Estados Unidos a realização da venda de 69.370 unidades de bitcoin vinculados ao mercado clandestino da deep web Silk Road. O montante equivale a cerca de US$ 6,5 bilhões. A notícia trouxe ainda mais preocupação aos investidores que temem quedas mais acentuadas do BTC nos próximos dias. Apesar do risco, Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista cripto do Bitybank, acredita que o mercado possui demanda suficiente para absorver a entrada de novas moedas, graças ao fluxo de investimento dos ETFs de bitcoin à vista.

“O grande problema é a especulação. Os investidores podem antecipar a venda para recomprar o BTC mais barato e ter mais lucro (no futuro)”, afirma Buzaym. Caso esse movimento ocorra, há chances do bitcoin voltar para a faixa dos US$ 80 mil. “Vejo que pode ser uma excelente oportunidade de compra visto que o BTC já superou os US$ 100 mil no ano passado”, acrescenta o especialista. No acumulado de 2025, o bitcoin em dólar apresenta uma valorização de apenas 0,59%.