

O mercado financeiro hoje monitora os balanços do quarto trimestre de 2024 que devem ditar o dia na Bolsa de Valores. Na quarta-feira (26) saíram os números de Americanas, Oi, CVC, Equatorial e Dasa. Além disso, a Eletrobras assinou um termo de conciliação com a União sobre o poder de voto de acionistas. Destaque ainda para a Oncoclínicas, que celebrou um contrato de colaboração comercial com a Hapvida. Por fim, a Azul substituirá a Voepass nas operações da Petrobras na Amazônia.
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Na agenda, destaque para a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de março, considerado a prévia da inflação do País, e o resultado do Governo Central em fevereiro. Além disso, foi divulgado agora pela manhã o Relatório de Política Monetária (RPM), que substitui o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No exterior, as atenções se voltam à leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2024.
Entre os balanços, Even, JHSF e Light divulgam seus resultados do quarto trimestre de 2024 nesta quinta-feira (27), após o fechamento do mercado.
As commodities hoje operam com sinais divergentes. O petróleo está negativo, com o Brent caindo 0,21%, a US$ 73,58 por barril, já o WTI recua 0,14%, cotado a US$ 69,51 por barril. Em Dalian, na China, o minério de ferro subiu 1,28%, cotado a US$ 108,55 para o contrato de maio de 2025.
Confira os destaques de empresas do mercado hoje que você precisa saber
Americanas (AMER3)
A Americanas teve prejuízo de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024, contra lucro de R$ 2,56 bilhões apurado no mesmo período de 2023. No ano, a varejista lucrou R$ 8,231 milhões e reverteu o prejuízo de R$ 2,272 bilhões de 2023.
Oi (OIBR3)
A Oi, em recuperação judicial, mostrou prejuízo líquido de R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre. A perda foi seis vezes maior do que no mesmo intervalo de 2023, quando o prejuízo foi de R$ 486 milhões. A Oi apresentou lucro líquido de R$ 9,6 bilhões no acumulado de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 5,4 bilhões de 2023.
CVC (CVCB3)
A CVC apresentou lucro líquido ajustado de R$ 8,5 milhões no quarto trimestre, revertendo prejuízo ajustado de R$ 15,4 milhões em igual intervalo de 2023. Já o indicador sem ajuste registrou prejuízo líquido de R$ 61,2 milhões, melhora de 17,8% na mesma base de comparação. No consolidado de 2024, o lucro líquido ajustado somou R$ 53,8 milhões frente a um prejuízo de R$ 238,3 milhões de 2023.
Equatorial (EQTL3)
O Grupo Equatorial Energia reportou lucro líquido de R$ 1,011 bilhão no quarto trimestre de 2024, queda de 0,9% em comparação com igual período de 2023. No acumulado do ano, o lucro da companhia totalizou R$ 2,522 bilhões, aumento de 19,4% em base anual de comparação.
Dasa
A Dasa apresentou lucro bruto ajustado de R$ 4,89 bilhões no ano passado, 11% maior na comparação com 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acumulado em 12 meses encerrados em dezembro somou R$ 2,5 bilhões, crescimento de 11% ante 2023.
Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras assinou junto da União o Termo de Conciliação sobre limitação do poder de voto de acionistas a 10%, que virou objeto de ação judicial, conforme discussões que tinham sido concluídas em fevereiro. O acordo será ainda submetido à assembleia geral de acionistas, a ser convocada pela companhia, e à homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Oncoclínicas (ONCO3)
A Oncoclínicas do Brasil Serviços Médicos informou que celebrou, com a Hapvida NotreDame, uma colaboração comercial para oferecer atendimento ambulatorial em oncologia. A colaboração comercial também contempla o serviço de radioterapia em todo o território nacional, combinando a expertise da Oncoclínicas em oncologia com o modelo de cuidado integrado da Hapvida NotreDame.
Multiplan (MULT3)
A Multiplan pagará R$ 110 milhões na forma de juros sobre capital próprio (JCP), a R$ 0,22 bruto por ação. A partir de 1º de abril, as ações serão negociadas “ex-JCP”.
Azul (AZUL4)
A Petrobras assinou contrato com a Azul, de forma emergencial, para assegurar a continuidade das operações da Unidade da Amazônia, em virtude da suspensão cautelar do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Voepass/Map, após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinar a interrupção dos voos operados pela empresa.
Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4)
O Banco do Brasil e o Bradesco estão operando o novo crédito consignado privado, segundo informaram ao Broadcast fontes que pediram anonimato. Procurado pela reportagem, o Bradesco confirmou que está operando o novo crédito. O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) também afirmou que está operando.
Caixa Econômica
A Caixa Econômica Federal divulgou na noite de quarta-feira (26) projeções para o ano de 2025, quando espera um crescimento da carteira de crédito total entre 6,5% e 10,5%. Para habitação total, que inclui Crédito Real Fácil, a previsão é de um crescimento entre 7,5% e 11,5%. Para a carteira de habitação via poupança – sem Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) –, a previsão é de expansão entre 9,5% e 13,5%.
MRV (MRVE3)
O Conselho de Administração da MRV aprovou a realização de operação de securitização, por meio de emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da classe sênior, em série única, da 423ª emissão, sob rito de registro automático de distribuição e no valor de R$ 217,6 milhões.
SLC Agrícola (SLCE3)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra da Sierentz Agro Brasil pela SLC Agrícola, por meio de sua subsidiária SLC Agrícola Centro-Oeste. A decisão, publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União, autoriza a conclusão do negócio anunciado no início do mês por US$ 135 milhões.
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