A C&A (CEAB3) reportou lucro líquido de R$ 4,1 milhões no primeiro trimestre desse ano, uma queda de 94,3% frente a igual período de 2024. A contração, segundo a empresa, reflete o reconhecimento de créditos tributários e a sua atualização com juros e correção monetária naquele período.
Ao excluir o efeito do incentivo de longo prazo (ILP) e da recuperação de créditos fiscais, a empresa calcula que o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,5 milhões, revertendo o prejuízo ajustado de R$ 61,4 milhões visto um ano antes.
Já o Ebitda ajustado (pós-IFRS 16) foi de R$ 244,5 milhões no trimestre, o que representa um aumento anual de 35,4%. A margem Ebitda foi de 15,2%, alta de 2,7 pontos porcentuais (p.p.).
A receita líquida consolidada da C&A avançou 10,9% na base anual, totalizando R$ 1,6 bilhão. O desempenho foi impulsionado principalmente pela alta de 15,5% na receita líquida da divisão de vestuário, que somou R$ 1,3 bilhão.
Já a receita com Eletrônicos e Beleza ficou em R$ 145,6 milhões. As vendas por canais digitais da C&A também apresentaram crescimento: a receita líquida oriunda do site e do aplicativo foi de R$ 84 milhões, alta de 23,9% ante o primeiro trimestre de 2024. Em contrapartida, a receita líquida dos serviços financeiros recuou 15,3%, para R$ 96,5 milhões.
“Essa contração se deu pela postura mais seletiva na concessão de crédito adotada ao longo de 2024”, informou a companhia no release de resultados. A dívida líquida da C&A ao fim de março era de R$ 562,6 milhões – montante 46,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. O valor já considera o compromisso de pagamento com o Bradescard. A alavancagem financeira manteve-se estável em 0,5 vez, repetindo o nível do trimestre anterior.
Mesmo diante de um cenário mais seletivo, a C&A aumentou os investimentos no trimestre. Foram R$ 40,4 milhões em aportes, alta de 19,8% na comparação anual. Desse total, R$ 21,1 milhões foram destinados à abertura e reforma de lojas, enquanto R$ 17,9 milhões tiveram como foco a frente digital e tecnológica.