Ainda na agenda econômica hoje, em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-França. Enquanto isso, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento.
Os diretores do Banco Central (BC) Nilton David (Política Monetária), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos) e Izabela Moreira Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) participam das duas sessões da 99ª Reunião Trimestral com Economistas, em São Paulo.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, participa da inauguração de uma unidade de reciclagem de metais do Grupo Moura e do Roadshow Brasil Mais Produtivo em Campina Grande (PB), ao lado do deputado Hugo Motta. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, falará sobre política econômica no Fórum Esfera.
Mercado financeiro hoje: os principais assuntos da sexta-feira (6)
Payroll dos EUA
Investidores digerem o relatório de emprego dos EUA, o payroll, que deve influenciar a definição dos juros do Federal Reserve.
A economia dos Estados Unidos criou 139 mil empregos em maio, em termos líquidos, segundo relatório publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam criação de 95 mil a 181 mil vagas, com mediana de 125 mil.
Bolsas globais buscam recuperação com payroll
Os índices futuros de Nova York sobem moderadamente nesta sexta-feira, em recuperação após as perdas da véspera, com foco no payroll dos EUA.
A ação da Tesla (TSLA34) avança no pré-mercado, após despencar 14,26% na quinta-feira (5) em meio a ataques públicos entre Elon Musk e Donald Trump.
O embate do republicano com o Judiciário também ganha fôlego nos EUA. Uma juíza federal suspendeu temporariamente, na noite de quinta-feira, a proibição de Trump de estudantes estrangeiros entrarem nos Estados Unidos para estudar na Universidade Harvard.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única após dados divergentes. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro veio acima do esperado, mas as vendas no varejo do bloco e a produção industrial alemã decepcionaram em abril ante março.
O dólar hoje se fortalece frente a outras moedas, impulsionado pela retomada das conversas comerciais entre EUA e China, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam por cautela antes dos dados de emprego.
Commodities: petróleo opera estável, enquanto minério avança
O petróleo oscila perto da estabilidade, com temores sobre aumento da oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), mas tende a acumular ganhos na semana. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho cedia 0,02%, enquanto o do Brent para agosto subia 0,06%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 0,86%, cotado a 707,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,58.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,42% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,45%.
O que esperar do Ibovespa hoje?
O Ibovespa hoje pode ter ajustes moderados na abertura, em meio ao fôlego curto das bolsas em Nova York, à alta do minério e ao petróleo fraco, além das dúvidas sobre as medidas fiscais para substituir o IOF, que devem ser apresentadas pela Fazenda aos líderes do Congresso.
Pode gerar desconforto a sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de que ainda aguarda resposta de líderes sobre a data da reunião, que pode ser conjunta com a Câmara no domingo (8) à tarde ou, caso não haja retorno dos senadores, ocorrer na segunda-feira (9) de manhã.
Nos juros, a queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar um pouco os ajustes, após crescer a aposta de alta da Selic, com 72% de chance de elevação de 0,25 ponto em junho e taxa terminal acima de 15%, em meio a preocupações fiscais e reuniões dos diretores do Banco Central com o mercado no foco, além da percepção de que a atividade econômica segue bastante resiliente.
O real pode ser pressionado pela valorização do dólar frente a moedas fortes e emergentes no mercado financeiro hoje, após o escorregão da divisa americana ontem para R$ 5,5845 (-1,08%), pela primeira vez abaixo de R$ 5,60 desde outubro, com expectativas de nova alta da taxa Selic.
* Com informações do Broadcast