O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo das ações PN do Itaú Unibanco (ITUB4) de R$ 36 para R$ 41, e manteve a recomendação de compra para os papéis. De acordo com a casa, a mudança no preço se deu pela incorporação dos resultados do primeiro trimestre deste ano aos modelos, e pela rolagem dos múltiplos para o valor patrimonial esperado para 2026.
“Continuamos a ver o Itaú como principal alocação no setor, dados os lucros previsíveis e o histórico de execução, que justificam uma avaliação com prêmio, na nossa visão”, afirma a equipe liderada pelo analista Mario Pierry, em relatório enviado a clientes.
Além disso, o BofA afirma que as novas regras contábeis, em vigor para o setor desde janeiro, mostram que o “Itaú tem uma qualidade de ativos melhor” que a dos pares, bem como uma “estratégia mais conservadora” nas provisões contra a inadimplência.
Após a temporada de balanços do primeiro trimestre, os profissionais elevaram a recomendação das ações do Bradesco (BBDC4) para compra, e reduziram as do Banco do Brasil (BBAS3) para underperform (desempenho abaixo da média do mercado). O preço-alvo dos papéis do Santander (SANB11) foi elevado a R$ 33 na semana passada, com a recomendação mantida em neutra.
O BofA afirma que o primeiro trimestre mostrou um “crescimento sólido” das carteiras de crédito, margens financeiras líquidas estáveis e qualidade dos ativos sob controle. Ainda assim, a disparidade de desempenho entre os bancos foi uma “surpresa idiossincrática”, positiva no caso do Bradesco e negativa no caso do BB, diz a casa.
Os analistas dizem ainda que as projeções corporativas (guidances) dos bancos sugerem um segundo semestre de “desempenho moderado”, com uma desaceleração no crescimento do crédito, refletindo a cautela das instituições diante de uma atividade econômica mais fraca e dos juros altos.