BTG sobe preço-alvo de Renner (LREN3) e recomenda compra por causa de 2 motivos

Na reunião, o CEO da Renner, Fabio Faccio, enfatizou que o crescimento da companhia será impulsionado pela qualidade operacional, não apenas pela expansão da presença — com cerca de 440 municípios qualificados ainda inexplorados e o digital impulsionando o alcance incremental. Segundo os analistas, os investidores estavam particularmente focados na visibilidade da margem, na qual a administração destacou as alavancas de custos estruturais, especialmente em logística e cadeia de suprimentos, bem como o ritmo de crescimento das vendas (após um forte início de ano).

A equipe do BTG aponta uma série de motivos para a ação da varejista ser atrativa. O primeiro é que a estratégia de preços está mais equilibrada, com menores descontos e maior proteção contra a volatilidade cambial. O segundo motivo se deve ao fato da companhia apresentar ganhos de eficiência, que devem acelerar a partir do segundo semestre de 2025, principalmente devido a uma melhor cadeia de suprimentos.

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Há outros pontos, como a Realize (instituição financeira da Lojas Renner), que continua sendo uma alavanca de crescimento, além da expansão planejada de 25 a 35 lojas para 2025”, afirmam Luiz Guanais, Yan Cesquim e Pedro Lima, que assinam o relatório do BTG Pactual.

Quais os fundamentos para investir em Renner (LREN3)?

Segundo os analistas, os investimentos estão amadurecendo, com 70% das vendas online via aplicativo, impulsionando a conversão e reduzindo o custo de atendimento. “A empresa está otimista com a experiência do cliente na junção do meio online com o offline (Omnichannel) e vê o digital como um motor de lucratividade, em vez de um entrave à margem, ao contrário dos anos anteriores”, explicam os especialistas do banco.

Apesar da recuperação recente — com alta de 54% no acumulado do ano —, analistas do BTG avaliam que o impulso das ações LREN3 deve continuar sustentado pelos resultados sólidos do primeiro trimestre e por tendências mais favoráveis no segundo semestre. “Apesar de apresentar fundamentos menos atraentes do que os níveis históricos, a Renner ainda oferece um rendimento em dividendos de 4%, enquanto o lucro líquido deve crescer 15% ao ano de 2025 a 2029, e a empresa opera com um balanço patrimonial desalavancado”, argumentam os especialistas.

Com base nessas perspectivas, o BTG revisou suas estimativas para o crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e lucro líquido, respectivamente, em 1% e 7% nos próximos 4 anos. O banco manteve a recomendação de compra, mas elevou o preço-alvo da companhia de R$ 20 para R$ 22 ao fim de 2025, uma possível alta de 18,5% na comparação com o fechamento de sexta-feira, quando a ação da Renner (LREN3) encerrou o pregão a R$ 18,56.

Encontrou algum erro? Entre em contato