O Dow Jones subiu 0,89%, aos 42.581,78 pontos; o S&P 500 avançou 0,96%, aos 6.025,17 pontos; e o Nasdaq fechou em alta de 0,94%, aos 19.630,97 pontos.
O bombardeio americano de instalações nucleares no Irã marca uma grande escalada de tensões no Oriente Médio, aponta o UBS. Um possível fechamento do Estreito de Ormuz (um quarto da produção global de petróleo sai do Golfo pelo estreito) teria implicações muito maiores, lembra. O parlamento iraniano solicitou o fechamento do Estreito após os ataques e já minou o Estreito anteriormente, por exemplo, em 1988, durante a guerra com o Iraque. No entanto, a decisão final cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional, ressalta.
Entre as empresas, Chevron (-1,80%) e Exxon Mobil (-2,58%) recuaram. Já a Tesla subiu 8,23% após o lançamento do serviço de robo-táxi, em Austin, Texas, que possui tecnologia de direção autônoma baseada em inteligência artificial (IA) desenvolvida internamente pela companhia de Elon Musk. Apesar do lançamento ter sido restrito a uma área limitada e com poucos usuários selecionados para os testes e início das operações, o robo-táxi foi considerado seguro e eficiente por analistas. Contudo, o cenário ainda traz desafios, como a necessidade de cumprir regulações estaduais e a forte concorrência de empresas como a Waymo.
A Novo Nordisk anunciou hoje o término da sua colaboração com a Hims & Hers, acusando a empresa americana de vender versões “enganosas e ilegítimas” do medicamento para emagrecimento Wegovy. Em comunicado, o grupo farmacêutico dinamarquês alegou que as cópias colocavam a segurança dos pacientes em risco e prometeu continuar a disponibilizar medicamentos autênticos por meio da NovoCare Pharmacy. A Hims & Hers despencou 34,63%.
Juros dos EUA operam em baixa
Os juros dos Treasuries operaram em queda, mas limitaram seu recuo que chegou a levá-los ao seu menor nível desde maio durante a sessão, com a aversão a risco por conta dos eventos geopolíticos impulsionando a demanda. O ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã no final de semana inspirou cautela, especialmente pelo seu potencial impacto nos preços do petróleo.
No entanto, nesta segunda-feira, a reação iraniana que não atacou infraestruturas vitais para a commodity foi vista como limitada, o que acabou oferecendo espaço para uma recuperação nos rendimentos ao longo da tarde. No radar esteve ainda a postura do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), com declarações oferecendo maiores perspectivas para um corte de juros antecipado.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 3,847%. O rendimento da T-note de 10 anos cedia a 4,335%, enquanto o T-Bond de 30 anos recuava para 4,872%. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu ao Irã por ter avisado com antecedência do ataque a bases americanas no Oriente Médio mais cedo. Em publicação na Truth Social, o republicano exortou tanto o Irã quanto Israel a trabalharem pela retomada da paz na região. “Tenho prazer em informar que nenhum americano foi ferido e quase nenhum dano foi causado”, afirmou, ao atribuir a ausência de vítimas ao aviso antecipado dos iranianos.
Segundo o Axios, o Irã coordenou o seu ataque à base aérea de al-Udeid com o Qatar e a o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, estava ciente da ofensiva com antecedência, disse uma fonte familiarizada com os detalhes. Ainda hoje, a vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, sinalizou abertura para um corte de juros já na próxima reunião do banco central, que acontece no fim de julho, caso a inflação continue contida.
Durante evento em Praga, ela afirmou que “se as tendências recentes de inflação se mantiverem, e especialmente se observássemos novas quedas nas leituras de inflação, poderemos chegar a um ponto em que seja apropriado começar a reduzir a taxa de juros”, e possivelmente apoiaria a redução “já na próxima reunião”.
Moedas globais: dólar cai e moedas europeias sobem
O dólar cedia ante principais pares europeus, o que levou o índice DXY a recuar novamente, após o bombardeio americano às instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, no Irã, gerar retaliação iraniana limitada e sem impacto econômico amplo. A moeda americana foi pressionada ainda por comentários da vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, sinalizando abertura para um corte de juros já na próxima reunião do banco central em julho.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,29%, a 98,416 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar subia a 146,13 ienes, o euro se apreciava a US$ 1,1577 e a libra tinha alta a US$ 1,3524.
Após os ataques dos EUA no sábado, Teerã revidou com lançamento de mísseis a uma base americana no Catar. A mobilização iraniana foi vista como simbólica, gerando algum alívio por não ter afetado o fluxo de transporte pelo Estreito de Ormuz, o que gerou um tombo nos preços do petróleo. O shekel, a moeda israelense, subia. Perto das 16h46 (de Brasília), o dólar era negociado em baixa, a 3,4514 shekels, ante 3,4848 shekels na sexta-feira em meio à confiança renovada dos investidores na posição e estratégia de Israel.
Do lado da política monetária americana, o peso para o dólar veio de falas de Bowman, recém indicada pelo presidente Donald Trump para o cargo. A dirigente afirmou que “se as tendências recentes de inflação se mantiverem, e especialmente se observássemos novas quedas nas leituras de inflação, poderemos chegar a um ponto em que seja apropriado começar a reduzir a taxa de juros”, e possivelmente apoiaria a redução “já na próxima reunião”. O comentário corrobora declarações do diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller na sexta-feira.
Os desdobramentos colocaram o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA em segundo plano. O índice caiu, mas ficou acima da expectativa de analistas. O euro avançou mesmo após o PMI composto da zona do euro ficar inalterado em junho e abaixo da expectativa de analistas. Para o ING, o dado indica “economia estagnada”, após um primeiro trimestre robusto.