Alta dos Treasuries tira brilho do ouro e interrompe sequência de ganhos; metal cai a 1,3%
Metal precioso reverte ganhos diante da alta dos rendimentos dos Treasuries e da cautela com o impacto da paralisação do governo norte-americano; no ano, acumula valorização de 54%
O ouro fechou em queda de 1,3% nesta quinta-feira, a US$ 4.161,4 por onça-troy, após atingir máxima de três semanas. Investidores monitoram o Fed. (Imagem: Adobe Stock)
O ouro fechou em queda nesta quinta-feira (13), revertendo os ganhos iniciais, à medida que investidores avaliam os possíveis impactos da recente paralisação do governo dos Estados Unidos sobre a economia e sinais sobre próximos passos do Federal Reserve (Fed).
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o contrato de ouro para dezembro fechou em queda de 1,30%, a US$ 4.161,4 por onça-troy, após renovar maior nível em três semanas durante a sessão.
O ouro começou a sessão em alta, mas reverteu ganhos ao longo da sessão. Apesar disso, o “tom mais moderado de Wall Street, indicando novas preocupações no mercado, ajudou o metal precioso a recuperar parte das perdas”, observa a analista-chefe da FXStreet, Valena Bednarik.
O movimento de queda também refletiu a alta dos rendimentos dos Treasuries, que aumentaram o retorno de ativos considerados seguros e reduziram o apelo do ouro, que não oferece rendimento.
Segundo o analista sênior da Kitco Metals, Jim Wyckoff, o mercado aguarda novos dados que podem confirmar uma desaceleração no mercado de trabalho dos EUA e reforçar apostas em cortes de juros pelo Fed. No entanto, “persistem divisões dentro do Fed, com alguns membros defendendo uma pausa para conter a inflação“, afirmou a estrategista do MUFG, Soojin Kim.
Apesar do ajuste de hoje (13), o ouro segue mantendo ganho no ano, acumulando alta de cerca de 54% em 2025.