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- A instituição, braço do Banco Mundial para o setor privado, liderou investimentos de 2,85 bilhões de dólares no Brasil no ano fiscal de 2021, 30% a mais do que o previsto e tornando o país no quarto maior portfólio da IFC no mundo.
- Do valor total, 1,108 bilhão de dólares foram de recursos próprios da IFC e 1,745 bilhão de dólares vieram de bancos privados. As parcerias público-privadas levaram 960 milhões de dólares do total, com projetos de iluminação pública, rodovias e trem metropolitano.
- Um dos projetos financiados foi para a empresa estadual de saneamento do Rio Grande do Sul, Corsan, com foco na redução de perda de água, no primeiro financiamento em infraestrutura da IFC ligado a métricas de sustentabilidade na América Latina.
(Reuters) – A International Finance Corporation (IFC) bateu recorde de investimentos no Brasil em 2021, e está intensificando o uso de métricas para combater o ‘greenwashing‘, o uso indevido do ESG em projetos de infraestrutura.
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A instituição, braço do Banco Mundial para o setor privado, liderou investimentos de 2,85 bilhões de dólares no Brasil no ano fiscal de 2021, 30% a mais do que o previsto e tornando o país no quarto maior portfólio da IFC no mundo.
Segundo o gerente geral da IFC no país, Carlos Leiria Pinto, o valor ficou cerca de 30% acima do orçamento original, cenário que tende a se repetir no recém-iniciado ano fiscal de 2022, dados os efeitos recessivos da pandemia da Covid-19.
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“O Brasil vai enfrentar situação econômica difícil após a pandemia e estamos fazendo um papel contracíclico”, disse Leiria Pinto em entrevista à Reuters, explicando que o órgão procurou alinhar crescimento econômico a metas ambientais.
Do valor total, 1,108 bilhão de dólares foram de recursos próprios da IFC e 1,745 bilhão de dólares vieram de bancos privados. As parcerias público-privadas levaram 960 milhões de dólares do total, com projetos de iluminação pública, rodovias e trem metropolitano.
Combate ao greenwashing
Um dos projetos financiados foi para a empresa estadual de saneamento do Rio Grande do Sul, Corsan, com foco na redução de perda de água, no primeiro financiamento em infraestrutura da IFC ligado a métricas de sustentabilidade na América Latina.
A meta é reduzir o nível de desperdício de água, de 44% para 35% do total. Pelo modelo do financiamento, à medida que as metas forem alcançadas, o custo do crédito para o tomador cai.
Segundo Leiria Pinto, essa foi um caminho de o IFC aplicar o conceito ESG (sigla em inglês para boas práticas de governança ambiental, social e corporativa) de forma objetiva, o que deve ser intensificado no país.
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“Queremos combater o greenwashing”, disse o executivo, referindo-se ao jargão criado para identificar casos em que pessoas ou instituições alardeiam iniciativas ESG mais como um instrumento de marketing do que de compromisso efetivo com boas práticas nessa direção.
Ele citou outro projeto recente da IFC no Brasil com o uso de métricas para tornar críveis as afirmações de sustentabilidade, envolvendo as chamadas construções verdes. O contrato prevê, entre outras condições, que o consumo de água e energia na obra seja 20% inferior aos de métodos tradicionais.
Nesse sentido, em setembro, a IFC dá partida num acordo celebrado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em fevereiro, por meio do qual financiamentos para projetos de eficiência energética, agricultura sustentável, energia solar, edificações verdes e mobilidade usarão o mesmo conceito.
Os projetos climáticos representaram 60,7% dos recursos da IFC no país, incluindo um ‘green bond’ certificado pela Climate Bonds Initiative com a Sicredi, de 120 milhões de dólares, para financiar a compra de painéis de energia solar.
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