O que este conteúdo fez por você?
- O Retorno sobre o Patrimônio Líquido mostra a eficiência com que uma empresa utiliza os seus recursos para gerar lucro
- A análise do ROE das empresas não financeiras traz outra boa notícia
- A mediana do ROE dos bancos listados na B3 indica uma notável recuperação em relação ao segundo trimestre
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) mostra a eficiência com que uma empresa utiliza os seus recursos para gerar lucro. Ainda que isoladamente não forneça um retrato completo da saúde financeira de uma instituição, o ROE é um indicador ao qual o mercado está sempre atento, em especial investidores e altos executivos.
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De olho nos balanços do terceiro trimestre recém-divulgados, a mediana do ROE dos bancos listados na B3 (B3SA3) foi de 15,20%, indicando uma notável recuperação em relação ao segundo tri, quando a mediana foi de 11,44% – o ponto mais baixo da métrica desde 2020.
Considerando como corte temporal o início da pandemia, em fevereiro de 2020, do grupo dos cinco maiores bancos em ativos, as ações do BTG (BPAC11), do Itaú Unibanco (ITUBA4) e do Banco do Brasil (BBAS3) apresentaram rentabilidade superior ao Ibovespa, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC4) e do Santander (BCSA34) ficaram no negativo.
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A análise do ROE das empresas não financeiras traz outra boa notícia. Mostra que o segmento estancou uma sequência de quedas que vinha desde o primeiro trimestre de 2022. O setor fechou o terceiro semestre com uma mediana de 10,20%, contra 9,71% registrados no período anterior. O pior momento aconteceu no segundo trimestre de 2020, quando a mediana desceu a 7,63%, resultado à época fortemente impactado pelos efeitos da pandemia.
Pode-se dizer que as sequelas da covid-19 e a alta na taxa de juros abalaram a saúde das empresas não financeiras nos últimos trimestres. O gráfico que ilustra este texto reflete claramente tal tendência. Com a redução da Selic e, consequentemente, um menor impacto das despesas financeiras, o setor tende a registrar melhores resultados.
Vamos aos números. No terceiro trimestre deste ano, 300 empresas não financeiras somaram R$ 30 bilhões de lucro, enquanto 28 empresas do setor financeiro registraram R$ 31,4 bilhões. Comparando com o mesmo período de 2022, o setor financeiro cresceu 2,5%, enquanto as empresas não financeiras tiveram uma queda de 0,6%.
Onde não houve surpresa foi no setor de seguros, cujas empresas continuam a superar os bancos em ROE. Neste terceiro trimestre, a mediana do setor foi de 24,55%, coroando uma trajetória ascendente desde o segundo trimestre de 2022, quando a série histórica atingiu seu ponto mais baixo, cravando 15,46%.
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