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- Na hora de se preparar para o carnaval, os brasileiros precisam ficar de olho nos preços dos produtos típicos da época
- De acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em alguns casos, o peso da carga tributária pode corresponder a mais de 80% do valor final da mercadoria
- As campeãs de tributação são as bebidas, sejam alcoólicas ou não
Na hora de se preparar para o carnaval, os brasileiros precisam ficar de olho nos preços dos produtos típicos da época. De acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em alguns casos, o peso da carga tributária pode corresponder a mais de 70% do valor final da mercadoria.
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Para João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), muitas vezes as pessoas não se dão conta das tributações que compõem os preços dos produtos. “O Carnaval é muito forte no Brasil e os foliões consomem itens da festa sem pensar no que está embutido nos preços pagos. O que justifica a alta carga tributária cobrada é que estes são produtos que, em sua maioria, são considerados supérfluos pelo ente tributante, ou seja, não essenciais ou de primeira necessidade para o dia a dia do consumidor”, explica.
As campeãs de tributação são as bebidas, sejam alcoólicas ou não. A cachaça, primeira da lista, tem 81,9% do seu valor constituído por impostos. Na sequência, vêm a caipirinha, com 76,7% do preço em tributos, e o chope, com 62,2%. No quarto lugar, está o refrigerante em lata, com 46,5% de carga tributária sobre o seu valor.
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Adereços e fantasias para o carnaval, itens considerados supérfluos em outras épocas do ano, tem mais de 40% do seu valor destinado a impostos. Os produtos mais afetados da categoria são o colar havaiano e a máscara de plástico, além de confetes e serpentinas.
Quem está pensando em viajar na data, também deve sofrer com os tributos. De acordo com o Impostômetro, houve um salto de 9,25% para 22% na tributação das passagens aéreas de 2019 para este ano. Na visão de Marcel Solimeo, economista da ACSP, a alta é explicada pelo encarecimento do combustível de aviação no período.
Mesmo com o aumento de impostos sobre as passagens, o economista acredita que os brasileiros não vão deixar de gastar no carnaval. “As pessoas foram impedidas de viajar durante dois anos e, mesmo com o preço das passagens aéreas nas alturas, não deixarão de aproveitar o feriado para curtirem a folia”, afirma.
Confira os produtos típicos de carnaval mais tributados:
Produto | Tributação (%) |
---|---|
Cachaça | 81,9 |
Caipirinha | 76,7 |
Chope | 62,2 |
Refrigerante (lata) | 46,5 |
Colar havaiano | 46 |
Espuma em spray | 45,9 |
Refrigerante (garrafa) | 44,6 |
Máscara de plástico | 43,9 |
Confete/serpentina | 43,8 |
Óculos de sol | 44,2 |
Cerveja artesanal | 42,7 |
Cerveja (lata) | 42,7 |
Cerveja (garrafa) | 42,7 |
Máscara de lantejoulas | 42,7 |
Biquíni com lantejoulas | 42,2 |
Protetor solar | 41,7 |
Cavaquinho | 38,3 |
Pandeiro | 37,8 |
Fantasia (roupa de tecido) | 36,41 |
Água de coco | 34,1 |
Fantasia (roupa com arame) | 33,9 |
Biquíni | 33,4 |
Água mineral | 31,5 |
Hospedagem em hotel | 29,6 |
Passagem aérea | 22,3 |
Preservativo | 18,8 |
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