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- O mercado espera que os dois principais candidatos à Presidência vão se mover ao centro, principalmente o petista, à medida em que se aproximam as eleições
- Os gestores acreditam que uma nova carta ao mercado, como em 2002, é possível, mas apenas mais próximo da eleição
Bárbara Nascimento e Eduardo Laguna – O mercado espera que os dois principais candidatos à Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva, vão se mover ao centro, principalmente o petista, à medida em que se aproximam as eleições.
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Em evento realizado pelo Credit Suisse na terça-feira (1), os gestores André Caldas, da Clave Capital, e Fabiano Custódio, da Miles Capital, apontam que, apesar de algum “morde e assopra” em alguns temas, Lula tem dado sinais de pragmatismo, o que agrada aos investidores.
“Uma coalização contra o governo atual seria bem vista pelo mercado. É cedo ainda, mas está se desenhando cenário que pode ser bom para a Bolsa, com Lula se voltando ao centro, com nomes fortes para economia, fazendo coalizão. Seria bem visto pelo mercado”, aponta Caldas.
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Custódio completa: “Não acredito num Lula raivoso. Certamente, na minha opinião, terá um time – nos ministérios que importam na economia – de primeira linha. Mesmo que seja (eleito) Lula, que a priori assusta, acredito que vai ser um Lula reformista, mais ao centro. Quem governa o Brasil é o centro”.
Custódio acredita que uma nova carta ao mercado, como em 2002, é possível, mas apenas mais próximo da eleição. Uma sinalização mais forte agora poderia ter um efeito indesejado ao candidato, favorecendo o atual governo, explica.
“Se ele solta uma Carta aos Brasileiros no curto prazo, em março, ele ajuda o governo. O dólar cai, bolsa sobe, confiança aumenta e isso ajuda o governo. Acho que, assim como 2002, ele só mostre essa carta de Lula mais pragmático mais para frente”, completa.