- Uso do Pix em compras de bens ou serviços cresceu 125% em agosto
- A geração Y lidera com 52% das transações via Pix
- Valor gasto nas transações é maior em dias úteis
O uso do Pix em compras de bens ou serviços cresceu 125% nos oito primeiros meses de 2023 (em comparação com o mesmo período do ano passado). De acordo com levantamento realizado pelo Itaú Unibanco, o segmento de alimentação (compras em mercados), é o mais utilizado e corresponde a 17% das transações. Na sequência, aparecem telefonia e lojas, ambos com 4%, e combustíveis, materiais de construção e farmácias (2% cada).
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Mario Miguel, diretor de Pagamentos do Itaú Unibanco, acredita que o aumento no uso da ferramenta tem a ver com as inúmeras vantagens que ela oferece. “Comprar com Pix é fácil, rápido e seguro, e além de proporcionar uma boa experiência para os clientes, também permite que os vendedores ofereçam mais descontos. O Pix é bastante vantajoso para quem vende, por ser um pagamento instantâneo”, explica ao E-Investidor.
Quem gasta mais via Pix?
A pesquisa ainda fez um recorte de gênero e descobriu que os homens (66%) gastam mais do que as mulheres (34%) no Pix. Quando o assunto é transação, a divisão é equilibrada. 56% dos consumidores masculinos pagam utilizando a modalidade. Já o uso percentual feminino corresponde a 44%. Deste modo, o ticket médio dos homens é maior: R$ 389, ante R$ 254 das mulheres.
Outro recorte mostrado pelo levantamento considerou gerações diferentes e notou que os nascidos entre 1981 e 1996 são os que mais usam o Pix. A geração Y lidera com 52% das transações, seguida pela geração X (1965 e 1980), com 26%, geração Z (1997 e 2010), com 17%, e baby boomers (1946 e 1964), que correspondem a 6%. Os mais velhos, no entanto, ainda têm um ticket médio bem maior, de R$ 733, que é quase seis vezes maior que o da geração Z, (R$ 125).
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Apesar dos mais novos estarem entre quem menos usa o Pix, a geração Z tem sido olhada com atenção. “Os jovens tendem a adotar novidades rapidamente. Vemos um espaço de evolução relevante conforme essa geração passe a ter um poder de consumo mais alto e necessidades de vida ampliadas. Apesar de ainda representar o menor pedaço entre todas as gerações na visão geral do consumo, os jovens da geração Z são uma fatia cada vez mais importante, que vai liderar a forma como o mercado se transformará nos próximos anos”, observa Miguel.
Quando o filtro é estado civil, os solteiros se destacam. Eles representam 65% das transações, enquanto os casados detém 27%.
Qual o dia e a hora que o Pix é mais utilizado?
Dados curiosos sobre a pesquisa do Pix mostraram quais os dias da semana em que a modalidade é mais utilizada.
Sexta-feira sai um pouco na frente, com 16% das transações. Já domingo é o dia em que menos se paga via Pix (10%). No entanto, o levantamento do Itaú Unibanco mostrou que o público está cada vez mais usando o Pix aos domingos. Tanto que o número de transações cresceu 154% e o valor gasto aumentou 90% em 2023 (em comparação a 2022).
Ainda assim, o valor gasto é maior nos dias úteis – as segundas-feiras lideram com 19% do valor transacionado, enquanto o domingo, por exemplo, tem apenas 4%.
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Já considerando o horário, 40% das compras com Pix estão concentradas no período da tarde (entre 12h e 18h). A segunda faixa em que a modalidade é mais utilizada é entre 18h e 0h (30% das transações), seguida do período de 6h a 12h (26%). Já a madrugada, no horário de meia-noite às 6h, corresponde a apenas 5% das transações efetuadas.
Para o porta-voz do Itaú Unibanco, a pesquisa é relevante pois ajuda a entender comportamentos de consumo das pessoas e a pensar em soluções para melhor atender clientes e vendedores.
“Saber como a população está consumindo, com olhares sobre as diversas formas de pagamento existentes, é essencial para continuarmos oferecendo as melhores experiências. Neste caso específico de bens e serviços, para quem vende, o Pix trouxe uma nova forma de transacionar e ampliou possibilidades”, defende.