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- Fontes ressalta que as investidoras tendem a ser mais ponderadas em relação ao risco, ou seja, elas analisam mais os investimentos antes de aplicar o capital
- "Isso é o que os estudos estão dizendo, os homens se expõem mais ao risco. A mulher no mercado financeiro não só é capaz, como tem um benefício muito grande em relação aos homens", afirma Fontes
As mulheres não só devem participar do mercado financeiro e assumir o protagonismo da gestão de investimentos, como podem ser melhores nisso do que os homens. Esse foi o discurso de Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Research, sobre a relação das mulheres e o dinheiro no painel “Dinheiro é Independência”, do evento Young Women Summit, que ocorre nesta quarta-feira (29) em São Paulo.
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Fontes ressalta que as investidoras tendem a ser mais ponderadas em relação ao risco, ou seja, elas analisam mais os investimentos antes de aplicar o capital. Esse comportamento tende a trazer mais benefícios a médio e longo prazos e levar os portfólios pertencentes a mulheres a performarem melhor do que as carteiras de homens.
“Isso é o que os estudos estão dizendo, os homens se expõem mais ao risco. A mulher no mercado financeiro não só é capaz, como tem um benefício muito grande em relação aos homens”, afirma Fontes. “Homens, vocês devem, sim, delegar a gestão de investimentos às suas mulheres.”
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No painel, estavam presentes também Júlia Abi, fundadora da As Investidoras, e Morena Carvalho, associate partner e chefe de controle de risco para América Latina no BTG Pactual, e Ellen Steter, economista responsável pela área de estratégia da Ágora Investimentos.
Abi também recordou ter observado a diferença de comportamento entre homens e mulheres nos investimentos enquanto estava na faculdade. “Eu ficava ouvindo meus colegas de classe homens falando que investiam em fundos X e Y e eu os achava super inteligentes. Quando comecei a conhecer mais de investimentos, vi que eles estavam aplicando em fundos super arriscados”, diz Abi.
Já Carvalho, do BTG, ressaltou a importância de a mulher se posicionar em relação a atitudes machistas no mercado de trabalho, em especial no mercado financeiro. “Não falo de ficar militando, mas é importante você se posicionar, não para convencer o ‘coletinho’ de que ele está fazendo uma besteira, mas quem está em volta vai ouvir o que você está falando e vai entender. Estruturalmente é um mercado super masculino, mas estamos caminhando para conseguir essa diversidade”, afirma.
Já Steter diz ter aprendido a se posicionar com clareza e ter confiança em seus argumentos – já que, algumas vezes, mulheres podem se sentir intimidadas em um ambiente majoritariamente masculino. “Portanto, na hora de transmitir fale com segurança e propriedade. Fale o que você pensa de uma forma consistente, com argumento”, explica.
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