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Comportamento

Saiba quem é o trader que lucrou R$ 260 mil durante o colapso da Luna

Após investir US$ 1 mil no ativo digital, Pedro Menin obteve US$ 54 mil de retorno

Saiba quem é o trader que lucrou R$ 260 mil durante o colapso da Luna
No meio do caos com a criptomoeda, Pedro Menin viu uma oportunidade. Foto: Divulgação/Quantzed
O que este conteúdo fez por você?
  • O trader e sócio-fundador da Quantzed Criptos, Pedro Menin, analisou os fluxos para lucrar em momentos de alta da stablecoin
  • Após investir US$ 1 mil (cerca de R$ 4,8 mil) em Luna entre 12 e 14 de maio, o especialista terminou aquela fatídica semana com US$ 54 mil (R$ 259,4 mil) no bolso
  • O executivo da Quantzed Criptos calcula que a LUNA teve uma valorização de 50.000% entre a pior cotação do dia 12 de maio até o ápice da recuperação, no dia 14 de maio

O colapso do token Terra (LUNA) foi um dos acontecimentos mais emblemáticos do mês de maio no mundo cripto. Em pouco mais de uma semana (entre 9 e 14 de maio) o ativo digital simplesmente virou pó, passando de US$ 60 para US$ 0,0004, uma baixa de 99,99%, de acordo com dados da CoinGecko.

Tamanha desvalorização tem o potencial de transformar fortunas em poucos reais e não foram raros os investidores com graves prejuízos. Contudo, esse definitivamente não foi o caso de Pedro Menin, trader e sócio-fundador de Quantzed Criptos, escola de tecnologia e educação financeira para investidores.

Após investir US$ 1 mil (cerca de R$ 4,8 mil) em Luna, o especialista terminou aquela fatídica semana com US$ 54 mil (R$ 259,4 mil) no bolso. “O dinheiro de pinga virou um carro”, afirmou Menin, em comentário no Twitter. “Duas noites sem dormir, muito bem recompensadas. Dificilmente veremos outra dessa (oportunidade) tão cedo, se é que veremos.”

Em entrevista ao E-Investidor, o trader explicou como conseguiu lucrar em meio ao colapso do ecossistema Terra.

Ele conta que sua ‘tese’ foi montada em cima de análise de fluxo, já que não existiam, e ainda não existem, fundamentos para esperar uma ‘recuperação’ do ativo. Logo, se trata de trade totalmente especulativo.

A primeira vez que Menin ouviu falar do projeto Terra (LUNA), inclusive, foi a partir de uma recomendação negativa feita em fevereiro pela Quantzed Fundamentos – braço de análises de criptoativos da Quantzed, cujo time é formado pelos analistas Felipe Medeiros, João Galhardo e Vanessa Nicola.

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“Eles têm uma carteira recomendada (de criptos) e a LUNA estava nessa carteira até fevereiro deste ano. Depois ela foi retirada, porque eles (os analistas) viram que o projeto tinha indícios de pirâmide, que não era sustentável, e passaram esse alerta para toda a nossa comunidade de investidores”, ressalta Menin.

Ciente dos riscos, o início da operação de trade que rendeu o valor de um carro de luxo a Menin começou com um pouco de sorte. Às 21h do dia 12 de maio, quando o token estava cotado a US$ 0,0012, ele começou a observar as compras e vendas do ativo.

Em dado momento, quando a cotação desceu para US$ 0,000001, o sócio-fundador da Quantzed percebeu que simplesmente não existiam ofertas de compra no book de ofertas, contra bilhões em vendas. Decidiu, então, colocar US$ 200 em LUNA. Ou seja, uma quantia que não faria falta caso o ativo aprofundasse ainda mais as baixas.

“Isso me chamou a atenção, ninguém estava querendo comprar. Então, o que custava colocar um dinheiro lá? Começou assim, como uma aposta mesmo”, afirma Menin. “E depois que eu comprei, começaram a aparecer mais compras em sequências. O preço foi subindo e, cada vez que o preço subia, mais ofertas de compra apareciam.”

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O monitoramento do fluxo e a construção da tese começou a partir dessa ligeira recuperação da LUNA, ao longo da madrugada do dia 12 de maio. Menin explica que pela corretora Binance, por onde ele negociou, é possível monitorar exatamente como o fluxo de dinheiro está se comportando em tempo real.

Além da quantidade, o investidor consegue ver o volume financeiro das ordens. “E o que me chamou atenção também foi o horário. Entre 22h e 0h (horário de Brasília) é o pico de atividade dos traders asiáticos. Então vi que o fluxo estava vindo da Ásia. O trade começou a andar e eu passei a operar ao vivo no Twitter e nos grupos da Quantzed”, afirma Menin.

O trader não dormiu naquela madrugada acompanhando a evolução das posições do ativo, cujo repique de valorização impulsionado pelo fluxo vindo da Ásia chegou aos 10.000%. Menin previa um potencial ainda maior de alta nas negociações do dia seguinte (13 de maio), contando com um possível efeito manada a partir da ‘estilingada’.

No final, a operação durou 42h, com as posições de Menin sendo encerradas em 14 de maio. Fora os US$ 200 ‘apostados’ no início, o especialista investiu mais US$ 800 ao longo dessas horas.

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“Fizemos algumas realizações em certos momentos. Quando anoitecia na Ásia, o fluxo diminuía muito e acontecia uma correção de 40% a 60% na LUNA, e nós diminuíamos a posição antes disso, porque estávamos monitorando o fluxo. E na noite seguinte, quando os asiáticos voltavam, nós voltávamos a operar de novo”, explica Menin.

O executivo da Quantzed calcula que a LUNA teve uma valorização de 50.000% desde o fundo do dia 12 de maio (US$ 0,000001), no patamar em que ele começou a operar, até o ápice de recuperação na manhã do dia 14 de maio (US$ 0,0005).

Menin não conseguiu surfar toda essa alta, pois entrou aos poucos e fez realizações parciais até fechar totalmente a posição. Ainda assim, o resultado foi expressivo, já que ele multiplicou o capital investido em mais de 50 vezes.

Fora a análise do fluxo, um outro fator ajudou nos ganhos. No manhã do dia 13 de maio, a Binance bloqueou a negociação de LUNA em sua plataforma. Menin, então, passou a comprar os ativos na corretora FTX, que estavam 50% abaixo do patamar de preço da Binance.

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Quando as negociações foram retomadas, algumas horas depois, houve um efeito chicote, que empurrou o ativo para cima. Menin explica que esse foi o trade da vida dele, pelo menos em termos de percentual de valorização.

“E quando vimos que o fluxo estava parando, que não havia mais potencial de upside, encerramos a posição”, afirma Menin. “Uma tecla que batemos bastante é que não foi sorte. O ponto é: ficamos 42 horas comentando esse trade ao vivo. Claro que a oportunidade ter aparecido foi sorte, mas quando a sorte chega em uma pessoa preparada, a competência se mostra. Tem esse fator que contou bastante, caiu no nosso colo e soubemos guiar.”

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