• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Guias Gratuitos
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Guias Gratuitos
  • Newsletter
  • Análises Ágora
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Educação Financeira

Americanas (AMER3) introduz o “risco de ruína” aos investidores novatos

Escândalo contábil expôs riscos de manter capital concentrado em apenas um ativo, com operações "all in"

Por Jenne Andrade

09/02/2023 | 11:14 Atualização: 20/02/2023 | 8:54

Ações da Americanas sofreram intensa desvalorização após descoberta de rombo contábil (Foto: Tiago Queiroz / Estadão)
Ações da Americanas sofreram intensa desvalorização após descoberta de rombo contábil (Foto: Tiago Queiroz / Estadão)

Esta reportagem faz parte do especial “Caso Americanas: as histórias por trás dos números”

Leia mais:
  • "Perdi tudo com Eike Batista e com Americanas”, diz investidor
  • “No dia 11 de janeiro, o meu mundo acabou”, diz investidor da Americanas
  • O que o caso Americanas ensina sobre como investir em ações
Imagem de background da newsletter Imagem de background da newsletter no mobile
News E-Investidor

Assine a nossa newsletters e receba notícias sobre economia, negócios e finanças direto em seu e-mail

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O escândalo contábil da Americanas (AMER3) introduziu aos novos investidores da Bolsa um velho conhecido do mercado: o “risco de ruína” – ou seja, de perder todas as reservas ao concentrar recursos em apenas um ativo. Em 12 de janeiro, um dia após a descoberta de inconsistências contábeis bilionárias nos balanços da empresa, as ações já abriram com uma queda superior a 70%.

No final do pregão, o saldo foi arrasador: os papéis cravaram prejuízos de 77,33%, passando de R$ 12 para R$ 2,72. Para Lorenzo Siqueira (nome fictício), que operava de forma autônoma há 15 anos no mercado, isso significou encarar a perda de praticamente todas as suas economias (leia a história completa nesta reportagem).

Publicidade

Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Ele utilizava estratégia “all in”, ou seja, apostava todo o capital disponível em uma única ação e viu R$ 154,8 mil desmancharem para menos de R$ 30 mil em poucas horas. O motivo da tática arriscada seria conseguir um valor monetário maior com a valorização do ativo escolhido.

“Quando você inicia no mercado financeiro te dizem para não colocar todos os ovos na mesma cesta e diversificar as aplicações. Mas quando você entra com 15% ou 20% do capital em uma ação, você não entrou ali para perder 15% ou 20%. O estudo que vale para um, vale para dez, vale para cem e para mil. O princípio que te baseia entrar ou sair de um papel é o mesmo”, ressalta o operador que não quis se identificar.

Entretanto, concentrar tantos recursos em um mesmo significa se expor ao risco de perder tudo em uma tacada só, como aconteceu com quem estava excessivamente exposto às ações AMER3.

É o caso também do fundo fechado Colorado IE, que até dezembro do ano passado tinha 99,48% do portfólio atrelado aos papéis da Americanas. No dia 11 de janeiro, a aplicação com apenas 2 cotistas reunia um patrimônio de R$ 10,9 milhões.  No final do dia seguinte, depois da descoberta das inconsistências, restavam apenas R$ 2,5 milhões (perda de R$ 8,4 milhões em um único dia).

Publicidade

De acordo com fontes de mercado ouvidas pelo E-Investidor, o fundo pertencia a um investidor qualificado, que conhecia de “perto” o funcionamento da Americanas e os riscos do ativo AMER3. Mesmo assim, foi pego de surpresa com o rombo contábil identificado na varejista e agora aguarda o desenrolar das investigações a respeito da contabilidade da companhia.

Segundo dados levantados por Einar Rivero, do TradeMap, pelo menos 32 fundos abertos a pessoas físicas, e com pelo menos 100 cotistas, também investem em apenas um ativo. “Até os próprios donos de empresas tomam um risco mais calculado, com reserva de emergência, diversificação em dólar e etc. A assimetria (do all in) não faz sentido: se ganhar, ganha muito. Se perder, perde tudo”, diz Danielle Lopes, analista da Nord Research.

 

Não dê sorte para o azar

Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos e pós-graduado em análise financeira, explica que por maiores que sejam as possibilidades de ganho no “all in”, a estratégia não vale o risco corrido pelo investidor.

Publicidade

“A matéria-prima do investidor na Bolsa é o dinheiro. Eu não tomaria o risco de perder tudo para ter que juntar capital por anos para voltar ao que tinha ante”, diz Brasil.

No início da sua trajetória no mercado financeiro, em 2005, Brasil também alocou todos os recursos em um ativo só, além de realizar operações alavancadas (com dinheiro emprestado da corretora) que potencializam ainda mais os riscos de falência em caso de erro de palpite. Ganhou bastante dinheiro, mas desistiu da modalidade quando chegou perto da falência.

O estrategista teve prejuízos nos papéis da Varig, em meados de julho de 2006. A companhia aérea atravessava uma grave crise financeira e os credores deveriam aprovar, em assembleia, o novo plano de recuperação judicial da empresa. A aprovação era fundamental para que a Varig pudesse ir à leilão.

O sentimento no mercado, segundo Brasil, era de que o novo plano seria aprovado, o que resultaria na possibilidade de venda da empresa para a VariLog e na valorização dos papéis. Entretanto, a GE Capital, um dos credores, votou contra o processo.

Publicidade

“Eu me alavanquei duas vezes no papel no dia da assembleia. Se eu tinha R$ 100 mil, devo ter colocado cerca de R$ 200 mil na ação acreditando que daria certo. No dia a seguinte, a notícia era de que a Varig poderia ir à falência porque a GE e suas filiais votaram contra o novo plano”, afirma Brasil, que perdeu cerca de R$ 60 mil na operação, já que as ações abriram com mais de 30% de desvalorização. “Funcionou como um alerta para mim. Parei de operar por meses e fui estudar.”

Brasil também acompanhou as ações da Sadia, que em 26 de setembro de 2008 caíram 35% em um mesmo pregão, como informado pelo Estadão naquela época. A empresa havia reportado ao mercado um prejuízo inesperado de R$ 760 milhões, fruto de operações no mercado de câmbio.

“Pensei: se eu tivesse alavancado nesse ativo, poderia ter falido”, afirma Brasil. “A Sadia quebrou do um dia para a noite por operar com derivativos (de dólar). Fica a lição: mesmo que a tese pareça infalível, não aposte tudo.”

Os casos de Varig e Sadia mostram que a Americanas não é a primeira e provavelmente não será a última empresa da bolsa a colapsar. E uma vez que um papel tem uma derrocada expressiva, conseguir reaver o dinheiro perdido se torna uma realidade distante.

Publicidade

“O all in não é recomendado em hipótese alguma, por conta do risco. Se uma ação cai 50%, precisa subir 100% para voltar ao preço inicial. Quanto maior a queda, mais difícil para recuperar o patrimônio”, diz Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed.

Diversificação evita traumas

Uma estratégia eficiente para garantir que suas economias estarão a salvo de “cisnes negros” é diversificar seus investimentos. Diversificação é o ato de distribuir seu dinheiro em diversos ativos, a fim de minimizar os riscos.

Por exemplo, é possível montar um portfólio de ações que mescle papéis de setores diferentes e com pouca correlação entre si, como unir ações de varejo (mais sensíveis aos ciclos econômicos e consumo) com ações de bancos (mais resilientes à conjuntura econômica) e exportadoras (que estão expostas a outras economias). Neste especial, também mostramos a melhor forma de investir em ações (leia mais nesta reportagem).

Par quem não tem tempo para gerir sozinho os ativos, ainda é possível utilizar fundos de investimentos de ações, imobiliários, cambiais e multimercados, fora os atrelados a índices (ETFs). Comprando fundos, o investidor tem acesso a uma carteira diversificada sem precisar comprar várias ações.

“Hoje é muito mais fácil e acessível investir de forma diversificada”, diz Mehanna Mehanna, sócio-fundador da Phi Investimentos. “Comprar um ETF do Ibovespa significa se expor a toda a carteira do índice por meio de um único ativo.”

Publicidade

E antes mesmo de diversificar na renda variável, o investidor deve garantir que tenha uma reserva de emergência – aquele capital que ficará investido em renda fixa com liquidez diária e será usado apenas em momentos de necessidade. E até mesmo na renda fixa é possível diversificar, misturando títulos públicos e privados, atrelados a diferentes indexadores (inflação, prefixados ou CDI) e vencimentos diferentes.

Foi seguindo essa ideia de diversificação, que o profissional de comunicação Felipe Silva (nome fictício) conseguiu sair menos “ferido” do caso Americanas. Ele comprou os papéis AMER3 em dezembro de 2019, por enxergar uma melhora do varejo para os anos seguintes. Na época, o lote comprado representava apenas 2% de toda a carteira do comunicador.

“Durante a pandemia, a ação chegou a dobrar de preço, mas eu não vendi. Não sou de ficar negociando, eu compro e espero”, ressalta Silva, que manteve as ações no portfólio mesmo após o escândalo contábil divulgado pela varejista neste início de 2023. “Se eu não vendi quando ela estava na alta, não vou vender agora que caiu muito. E no preço que ela está, não faria muito diferença vender agora ou esperar para ver o que vai acontecer.”

Essa tranquilidade face a derrocada dos papéis vem justamente da diversificação da carteira. “Estou triste? Estou, mas no mesmo ano que comprei Americanas, comprei Petrobras (PETR4), que me rende bons dividendos até hoje, por exemplo”, afirma Silva.

Para o investidor, o que fica de Americanas é o sentimento de desproteção. Agora, pretende redobrar os cuidados no balanceamento do portfólio. “Infelizmente o risco de fraude no balanço é mais uma questão que o investidor brasileiro precisa colocar na análise total quando vai investir”, diz.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Americanas (AMER3)
  • Conteúdo E-Investidor
  • Fraude
Cotações
18/05/2025 3h57 (delay 15min)
Câmbio
18/05/2025 3h57 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Qual banco tem a menor taxa de juros para empréstimo e cheque especial?

  • 2

    Dólar cai 3,5% em março e mercado começa a revisar projeções. O que esperar para abril?

  • 3

    Os 12 melhores cartões de crédito de 2025 com milhas, cashback e anuidade zero

  • 4

    Golpe do “Pix errado”: veja como funciona e como não ser enganado

  • 5

    Consórcio vale a pena? Consórcio é uma forma de investimento? Especialistas respondem

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Como lucrar na área da beleza? Confira 7 ideias para empreender
Logo E-Investidor
Como lucrar na área da beleza? Confira 7 ideias para empreender
Imagem principal sobre o Luiz Barsi: 10 frases inspiradoras sobre sucesso do rei dos dividendos
Logo E-Investidor
Luiz Barsi: 10 frases inspiradoras sobre sucesso do rei dos dividendos
Imagem principal sobre o Parque aquático Thermas dos Laranjais oferece desconto de 50%; veja como conseguir
Logo E-Investidor
Parque aquático Thermas dos Laranjais oferece desconto de 50%; veja como conseguir
Imagem principal sobre o Quanto custa assinar o Apple TV em 2025? Veja os planos e compare os preços
Logo E-Investidor
Quanto custa assinar o Apple TV em 2025? Veja os planos e compare os preços
Imagem principal sobre o Quanto custa assinar o Disney+ em 2025? Veja os planos e compare os preços
Logo E-Investidor
Quanto custa assinar o Disney+ em 2025? Veja os planos e compare os preços
Imagem principal sobre o Quanto custa assinar a Netflix em 2025? Veja os planos e compare os preços
Logo E-Investidor
Quanto custa assinar a Netflix em 2025? Veja os planos e compare os preços
Imagem principal sobre o Sou mãe solteira, como faço para receber o novo auxílio de R$ 1.200?
Logo E-Investidor
Sou mãe solteira, como faço para receber o novo auxílio de R$ 1.200?
Imagem principal sobre o 5 maneiras inteligentes para economizar no seguro do carro
Logo E-Investidor
5 maneiras inteligentes para economizar no seguro do carro
Últimas: Educação Financeira
Logo do E-Investidor com background verde
Educação Financeira
E-Investidor apresenta vídeo tutorial gratuito para o Imposto de Renda 2025; assista

Passo a passo esclarece as principais dúvidas e promete ajudar o contribuinte a finalizar a declaração em menos de uma hora

16/05/2025 | 17h51 | Por Bruna Canellas
Segredo do sucesso: mais de 20 mil investidores já utilizam essa estratégia diariamente; e você?
Educação Financeira
Segredo do sucesso: mais de 20 mil investidores já utilizam essa estratégia diariamente; e você?

No mundo dos investimentos, informação é poder. Veja como se juntar a um grupo seleto de investidores que têm acesso às notícias mais quentes do mercado em primeira mão

16/05/2025 | 08h35 | Por Isabel Rocha
FIIs de tijolo com 17% de desconto. Como saber se é oportunidade ou armadilha?
Educação Financeira
FIIs de tijolo com 17% de desconto. Como saber se é oportunidade ou armadilha?

Saber distinguir o que está barato de uma cilada exige atenção redobrada do investidor

16/05/2025 | 03h00 | Por Leo Guimarães
Imposto de Renda 2025: consulta a 1º lote de restituição será aberta na próxima semana
Educação Financeira
Imposto de Renda 2025: consulta a 1º lote de restituição será aberta na próxima semana

Calendário de pagamento da restituição do IR 2025 começa no dia 30 de maio aos contribuintes

15/05/2025 | 16h33 | Por Beatriz Rocha
Ver mais

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

Logo do 'News E-Investidor'

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão e com os Termos de Uso.

Obrigado por se inscrever! A partir de agora você receberáas melhores notícias em seu e-mail!
notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador