- Uma simulação realizada pela Warren, a pedido do E-Investidor, mostrou o quanto as pessoas precisam investir mensalmente para conseguir uma aposentadoria vitalícia
- Os aportes realizados por contribuintes que iniciaram aos 25 anos conseguem ser menos da metade do que os valores pagos aos contribuintes que começaram a investir aos 40 anos
- No entanto, antes de iniciar os aportes financeiros, o investidor precisa estudar qual será a renda necessária para arcar com o padrão de vida que pretende ter no futuro
A aposentadoria faz parte dos planos de muitos investidores que já pensam em parar de trabalhar para viver de renda nos próximos 20 ou até 40 anos. Trata-se de um planejamento de longo prazo. Logo, requer do investidor uma organização financeira capaz de cumprir com todos os aportes necessários para alcançar a renda mensal almejada no futuro.
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Uma simulação realizada pela Warren, a pedido do E-Investidor, mostra os “caminhos” para conquistar uma aposentadoria vitalícia de R$ 10 mil por mês a partir dos 65 anos de idade. Para isso, foram analisados quatro cenários para identificar os valores das contribuições. O resultado mostrou que, quanto mais cedo iniciar esse investimento, menores serão os valores das aplicações.
Segundo a simulação, para a mesma expectativa de renda, o contribuinte de 25 anos precisa desembolsar R$ 2,1 mil por mês. Já o investidor que iniciou 15 anos mais tarde (aos 40 anos) precisa gastar por mês R$ 4,8 mil para se aposentar com o mesmo valor.
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“O tempo é um critério fundamental na formação de patrimônio de aposentadoria”, diz Danilo Carrillo, especialista em previdência e seguros da Warren. As simulações foram realizadas considerando a taxa de juros de 4% ao ano e baseadas nas informações de renda mensal vitalícia disponibilizadas pela Seguradora ICATU Seguros.
“A taxa de juros de 4% ao ano para as condições atuais (do cenário macroeconômico) são factíveis. O importante é escolher um produto que entregue (rentabilidade) acima da inflação”, afirma Carrillo.
Veja quanto precisa investir para se aposentar com uma renda de R$ 10 mil
Idade da aposentadoria | Idade de início | Valor mensal dos aportes | Saldo acumulado necessário |
65 anos
|
25 anos | R$ 2.115,67 |
R$ 2.456.432,79
|
30 anos | R$ 2.729,63 | ||
35 anos | R$ 3.584,62 | ||
40 anos | R$ 4.827,44 | ||
Fonte: Danilo Carrillo, especialista em previdência e seguros da Warren |
Saiba como se planejar
Os aportes correspondem apenas a uma simulação para chegar até o valor da renda desejável no futuro, mas podem variar de acordo com a realidade de cada investidor. Isso porque, antes de estabelecer uma renda mensal que deseja ter na aposentadoria, o investidor precisa ter em mente o custo de vida que pode ter nos próximos anos.
“Os gastos podem evoluir conforme você vai ficando mais velho. A inflação das pessoas mais velhas não anda junto com a inflação comum do mercado”, afirma Sara Marques, sócia da Luz Consultoria. Ou seja, o investidor precisa ter em mente que o seu planejamento financeiro deve ser revisto constantemente para avaliar se aquele padrão estabelecido no início ainda corresponde às expectativas que possui para o futuro.
“O que eu quero esse ano pode ser diferente do que vou querer no ano seguinte. Quando era mais novo, por exemplo, ter um carro popular era ótimo. Hoje, já não tenho esse pensamento”, acrescenta Marques. Após esse exercício, os investidores precisam analisar qual seria o tipo de plano previdenciário que mais se adequa à sua realidade e aos seus objetivos financeiros.
No caso da aposentadoria privada, o contribuinte possui duas opções: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e a Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). “De maneira bem geral, quando a pessoa declara pela tabela completa do Imposto de Renda, recomendamos o PGBL e, quando a pessoa declara pela tabela simplifica ou não declara porque tem uma renda menor, deve optar pelo VGBL”, afirma Carrillo, da Warren. Veja os detalhes da diferença entre os dois planos nesta reportagem.
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Além disso, há opções de fundos de investimentos voltados para quem visa a aposentadoria. E assim como ocorre na previdência privada, os investidores precisam analisar se o produto está adequado ao seu perfil de risco. Ou seja, se tiver um perfil mais conservador, a recomendação é não estar posicionado em produtos formados por ativos com alta volatilidade.
Outro ponto importante é lembrar que o fundo de investimento previdenciário pode ser alterada ao longo do caminho. “O investidor pode fazer uma portabilidade de um fundo para outro sem a necessidade de resgatar e pagar Imposto de Renda“, afirma Carrillo. Veja nesta reportagem os piores fundos de previdência do mercado.