Os investimentos de renda fixa são indicados para aqueles que procuram rentabilidade sem correr muitos riscos. Mais especificamente, eles rendem a partir da taxa básica de juros da economia, a Selic. Portanto, é seguro dizer que o montante final será sempre maior ao inicial.
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No caso das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), por exemplo, que tem como objetivo financiar o segmento do agronegócio, elas funcionam de forma similar a um empréstimo. O investidor compra a “dívida” de uma instituição e, depois de determinado tempo, recebe o valor de volta acrescido dos juros. Além disso, existem as modalidades prefixada e pós-fixada para esse investimento.
As LCAs prefixadas possuem, como o nome já indica, uma taxa estável em que o contratante já sabe o valor exato que o título vai render. No entanto, ativos pós-fixados têm sua rentabilidade atrelada a um indicador econômico, um deles é a Selic.
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O ideal é que o rendimento tente superar esses indicadores ou, pelo menos, segui-los. Nos investimentos pós-fixados o investidor não tem a certeza de um retorno exato, mas de uma valorização que vai oscilar conforme a taxas de juros básicos. Um corte nela, por exemplo, significa um rendimento menor, enquanto um aumento na taxa representa um ganho de valorização.
O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão que define os cortes de juros, vinha reduzindo a taxa desde o final de 2023. No entanto, sua última decisão, em junho, mudou a marcha e manteve a Selic inalterada a 10,5% ao ano. No final do ano, a expectativa é de que o Banco Central delimite a Selic entre 8% e 9%.
Para fins de exemplificação, considere um LCA atrelado à Selic. Atualmente, o dinheiro aplicado rende 10,5% ao ano, mas caso o Copom decida cortar os juros novamente durante a próxima reunião, o ganho anual será menor até o fim de 2024.
Vale ressaltar, no entanto, que isso não significa perda de dinheiro já aplicado. O valor do LCA apenas deixa de render na mesma quantia de antes do corte e, por isso, os investimentos em renda fixa seguem perdendo a atratividade.