Educação Financeira

Como ter uma divisão de gastos justa?

Saiba como gerenciar as despesas e os ganhos da família para organizar o orçamento

Como ter uma divisão de gastos justa?
Planilha, papel e caneta são grandes aliados na hora de dividir os gastos em família. (Fonte: Getty images/Reprodução)
  • Toda família precisa de uma organização financeira para manter as contas em dia. A organização dos valores de entrada e de saída (ganhos e gastos) é o ponto fundamental desse processo
  • Para ajudar na visualização das despesas, uma dica é colocá-las em subcategorias: despesas fixas, gastos não essenciais, gastos eventuais e investimentos
  • Estabelecer prioridades nos gastos pode ajudar no controle do orçamento familiar

Toda família precisa de uma organização financeira para manter as contas em dia. A organização dos valores de entrada e de saída (ganhos e gastos) é o ponto fundamental desse processo.

O E-Investidor traz dicas para você cuidar dessas finanças pessoais e garantir uma divisão de gastos justa no seu lar.

Como organizar o orçamento familiar?

A primeira ação a fazer para ter uma divisão de gastos justa em família é decidir como será organizado o orçamento. Basicamente, há duas formas: o clássico papel e caneta e os recursos digitais (planilha, tablet, aplicativos de celular e semelhantes).

Feito isso, é hora de começar a registrar os ganhos e os gastos. Primeiro, anote todos os recursos que você tem disponíveis (salário, rendimento de aplicações, recebimento de aluguéis, pensões, renda extra, etc.).

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Caso a renda seja proveniente de mais de um meio, especifique cada um deles, especialmente se alguns forem de renda variável, ou seja, que não é igual todos os meses. Você pode escolher se vai anotar todos os ganhos de forma conjunta, unindo a renda de todos os membros da família, ou de maneira individual, separando a renda de cada pessoa.

Depois, é preciso identificar as despesas. Uma dica útil é separá-las em categorias, como estas:

  • despesas fixas — enquadram-se todos os gastos mensais fixos, como aluguel, condomínio, água, luz, internet, alimentação, TV a cabo e telefone;
  • gastos não essenciais — você pode separar uma parcela do dinheiro para usar em compras que não são necessárias, mas que você faz questão de manter. Isso pode incluir, por exemplo, gastos com roupas, lanches e atividades de lazer;
  • gastos eventuais — são aqueles gastos que não ocorrem todos os meses, mas sim em determinadas ocasiões do ano. É o caso de despesas como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), além de desembolsos para aniversários, datas comemorativas e viagens;
  • investimentos — embora a reserva de emergência e investimentos não sejam propriamente uma dívida, trata-se de um valor que sai mensalmente da conta e exige comprometimento, então os inclua como uma despesa da família, separando uma quantia que será destinada à poupança ou às aplicações financeiras.
Anotar as entradas e as saídas é indispensável no planejamento financeiro. (Fonte: Getty images/Reprodução)

Assim como na separação dos ganhos, você pode decidir se vai organizar os gastos de forma conjunta com o parceiro ou a família ou se vai separar as despesas individuais de cada membro.

Outra possibilidade é unificar as despesas fixas da casa, de maneira que sejam divididas igualmente, apenas separando outros gastos, para que cada um administre os seus.

Luciana Maia Campos Machado, doutora em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestre em Finanças pelo Centro Universitário Álvares Penteado (FECAP), reforça que é importante definir esses pontos, especialmente porque pode haver diferenças significativas de renda no caso de alguém ganhar mais ou menos do que outra pessoa.

Portanto, leve isso em consideração na hora de organizar as finanças pessoais e pensar em uma divisão justa.

Outras dicas úteis para controlar os gastos familiares

Tendo em mente o essencial para organizar as finanças pessoais, vale também pensar em outras soluções que facilitar a divisão ou o controle dos gastos:

  • defina uma pessoa responsável pelo controle da organização financeira da casa. Ela deve manter atualizada a situação dos gastos e dos ganhos;
  • se tiver filhos, procure incluí-los nesse processo, ensinando-os a poupar energia e água e não desperdiçar alimentos, mostrando a eles que todos esses recursos custam dinheiro e saem do orçamento da família;
  • tente estabelecer prioridades nos gastos e destine porcentagens específicas para cada área, podendo pensar em algo como: 50% do orçamento para despesas fixas, 30% para gastos não essenciais e eventuais e 20% para investimentos — é claro que isso vai de acordo com cada realidade, pois podem existir outras variáveis nesse planejamento financeiro (como dívidas a serem quitadas).

Lembre-se de analisar com certa frequência o controle de gastos. Observe se há economias que podem ser feitas ou adaptações necessárias. Procure eliminar gastos desnecessários e não se esqueça de separar uma quantia para investir.

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