- A conversa com Arcuri, “Liberdade Financeira: como começar a investir”, encerrou o primeiro dia da Maratona de Educação Financeira. A especialista deu dicas para o investidor organizar as finanças para construir uma reserva de emergência e, no longo prazo, buscar a sonhada independência financeira
Existe um momento certo para começar a investir? Para o investidor que muitas vezes se questiona quando e por onde começar, o trabalho da jornalista, educadora e coach financeira Nathalia Arcuri indica o caminho. O planejamento financeiro pode ajudar a reduzir gastos, direcioná-los ao que é mais essencial, criar uma renda extra e até ajudar na busca pela independência financeira.
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A conversa com Arcuri, “Liberdade Financeira: como começar a investir”, encerrou o primeiro dia da Maratona de Educação Financeira – programação do E-Investidor que inclui lives com especialistas do mercado financeiro, entrevistas, reportagens especiais e conteúdos multiplataformas para o investidor aprender a cuidar melhor do seu dinheiro e investir com confiança.
A especialista deu dicas para o investidor organizar as finanças para construir uma reserva de emergência e, no longo prazo, buscar a sonhada independência financeira. Mas reforçou: os conselhos servem para quem tem condição financeira, mesmo que pouca, para construir um plano de investimentos. Quem ganha menos de um salário mínimo, porém, “falta tudo, falta comida. Não dá para falar para essa pessoa criar um plano financeiro”, disse.
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O método que explica em seu canal do Youtube é resumido em um esquema de 70/30: 70% da renda mensal deve ser destinada aos gastos, sendo que 55% deve ser direcionada ao que é essencial, como moradia, alimentação, saúde – e outras coisas que o investidor julgar como fundamental. Os outros 30%, para investimentos.
Mas antes de começar a investir é preciso equilibrar as contas e, se for o caso, conseguir uma renda extra. “A renda extra é paliativa, vem para equilibrar as contas. O que vai te sustentar é aumentar o seu valor de mercado”, explicou Arcuri. Para isso, cursos, vendas… é preciso usar a criatividade para se capacitar.
Outro destaque na visão de Arcuri é a reserva de emergência: um valor de seis a doze meses que cobriria, se necessário, todos os custos da pessoa investidos em algum ativo de liquidez. “A reserva de emergência é uma tranquilidade para que a pessoa busque crescimento financeiro pelo trabalho”.
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Na visão da educadora, a pandemia da covid-19 deixou algumas dessas lições. Com o aumento do desemprego, quem já tinha uma reserva de emergência conseguiu atravessar esse período de uma forma mais tranquila.
Arcuri reforçou que essa reserva financeira deve ser suficiente para cobrir mínimo de seis meses das despesas. Mas, se a pessoa trabalhar como autônomo, o valor precisa dar conta de um período de até um ano, já que, se precisar parar de trabalhar, a pessoa não poderá contar com os mesmo auxílios que os trabalhadores do regime CLT possuem.
E, para se organizar financeiramente, dá para fugir da planilha? “A planilha não faz milagre, quem faz é você com as informações que estão lá. É interessante para quem não faz a menor ideia do que está acontecendo com a vida financeira, porque é o que vai te dar o choque de realidade”, afirmou.
Com as contas e o planejamento financeiro em dia, o investidor pode começar a pensar em objetivos maiores: a independência financeira. “Não é fácil, vai dar muito trabalho e você vai precisar dedicar parte do seu dia, diariamente, para estudar finanças e investimentos. O único jeito é sentar a bunda na cadeira e se dedicar àquilo”, defendeu Arcuri.
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A dica é procurar informações confiáveis, vídeos e cursos, e colocar a mão na massa investindo pequenos valores até entender melhor o funcionamento do mercado. Na visão de Arcuri, não existe momento certo; o importante é começar.
E é a partir dessa disciplina que o investidor vai se aproximar da independência. “Independencia financeira é quando você pode se dar ao luxo de parar de trabalhar. Você pode pensar ‘eu quero continuar trabalhando ou não?.”