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Educação Financeira

Restituição Imposto de Renda 2023: Quais dívidas devo quitar primeiro?

Contas de serviços básicos, como água e luz, devem sempre ser priorizadas

Restituição Imposto de Renda 2023: Quais dívidas devo quitar primeiro?
Segundo lote de restituição será pago na próxima sexta-feira (30) (Foto: Envato Elements)
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  • Segundo lote de restituição do Imposto de Renda será liberado na próxima sexta-feira (30); pesquisa do Serasa aponta que 30% dos contribuintes esperar utilizar valor para pagar dívidas
  • De acordo com especialistas, prioridades na hora de quitar débitos devem ser as contas de serviços básicos, como água, energia elétrica e gás. Depois disso, contribuinte deve privilegiar o pagamento de débitos com juros mais altos

O segundo lote de restituição do Imposto de Renda (IR) 2023 será liberado nesta sexta-feira (30) e boa parte dos brasileiros já sabe o que fazer com o dinheiro extra. Uma pesquisa feita pelo Serasa entre 23 e 29 de maio mostrou que 30% dos contribuintes questionados esperavam utilizar o valor da restituição para quitar dívidas.

Segundo especialistas em educação financeira, utilizar ganhos não recorrentes, como a restituição, para pagar dívidas costuma ser uma boa ideia. O problema é que os recursos extras nem sempre são  suficientes para pessoas que têm muitas dívidas para quitar. Nesses casos, será necessário organizar os valores em aberto e criar uma lista de prioridades.

Um primeiro passo sugerido por Eduardo Dellavolpi, planejador financeiro pela Planejar, indica que os inadimplentes listem, em uma planilha ou mesmo em papel, todas as suas dívidas em sequência da que cobra maiores até menores taxas de juros. Esse será um dos critérios para começar a quitar as dívidas, mas não o único.

Serviços essenciais

Apesar de não cobrarem multas e juros equiparáveis aos de serviços financeiros como o rotativo do cartão de crédito ou o cheque especial, serviços básicos sempre devem ser prioridade na hora de começar a pagar as contas atrasadas.

Serviços necessários para o dia a dia, como água, energia elétrica e gás podem ser cortados caso não sejam pagos, principal motivo para que sejam tratados como prioridade. “Nestes casos, a recomendação é pagar a conta do mês para não ter o acréscimo de juros e então negociar as atrasadas”, explica Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e também planejadora financeira pela Planejar.

Cheque especial, rotativo e empréstimos pessoais

Os juros de produtos financeiros como cheques especiais, rotativo do cartão de crédito e empréstimos pessoais costumam ser os mais altos. Dados do Banco Central de junho apontam para uma taxa média de 460,48% ao ano no cartão rotativo, 133,08% no cheque especial e 155,5% no crédito pessoal não consignado.

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“Como a nossa taxa de juros está muito alta, é fundamental tentar se livrar dessas contas que estão ficando mais caras por conta desses juros”, aponta o economista Fabio Louzada, planejador financeiro e fundador da Eu me banco.

Com as dívidas ordenadas pelo critério de juros (dos maiores para os menores), o correntista inadimplente deve entrar em contato com a instituição financeira a fim de renegociar o valor. A depender do valor restituído do Imposto de Renda, os clientes podem conseguir descontos melhores com um pagamento à vista.

Dívidas com garantia

Operações de crédito com garantia são menos arriscadas para as instituições financeiras — por outro lado, alienam um bem pessoal, como veículo ou imóvel, à instituição credora. O processo é similar para financiamentos e não pagar esse tipo de dívida pode levar à tomada do patrimônio pela instituição.

“É importantíssimo atentar-se a dívidas que possam ter algum bem como garantia, como um imóvel. Afinal, caso não pague essas dívidas, o credor pode tomar posse do bem”, afirma Louzada.

E os investimentos?

Especialistas recomendam que, caso uma pessoa esteja inadimplente, sua prioridade seja sempre limpar o nome. Isso porque dificilmente um investimento garantirá retornos em juros próximos aos cobrados por dívidas.

Caso tenha recebido uma restituição de Imposto de Renda que sirva para abater suas dívidas e houver algum excedente, no entanto, o contribuinte pode aplicar o valor que sobrou para evitar entrar em novos problemas financeiros.

“Eu deixaria 10% a 20% do valor (da restituição) em caixa, para a famosa reserva de emergência, assim, surgindo algum imprevisto, não precisaria contrair novas dívidas com juros altos”, diz Dellavolpi.

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