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O melhor ativo com a Selic em 13,75% não foi a renda fixa; veja qual foi

Nos últimos meses, um setor da Bolsa antecipou o corte nos juros e conseguiu retornos expressivos

O melhor ativo com a Selic em 13,75% não foi a renda fixa; veja qual foi
Ações de incorporadoras dispararam nos últimos meses. (Foto: Shutterstock)
  • A taxa básica de juros do País completa esta semana um ano parada em 13,75% ao ano
  • De lá para cá, a renda fixa se consolidou como peça fundamental dos portfólios dos investidores brasileiros
  • Apesar dos retornos de dois dígitos na maior parte dos títulos públicos do período, foi um ativo de renda variável quem mais se destacou nesses últimos 12 meses

A taxa básica de juros do País completa esta semana um ano estacionada em 13,75% ao ano. O último ajuste na Selic foi realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de agosto de 2022. Agora, 12 meses depois, o mercado aguarda pelo primeiro corte deste ciclo, que tem tudo para ser confirmado no encontro do grupo marcado para esta terça (1) e quarta-feira (2).

De lá para cá, a renda fixa se consolidou como peça fundamental dos portfólios dos investidores brasileiros. Com pouco risco, foi possível conseguir retornos superiores a 1% ao mês em diferentes títulos do Tesouro Direto, por exemplo.

“Quando os juros foram a 2% ao ano, muita gente brincava que a renda fixa tinha morrido”, lembra Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora. “Em 13,75%, ela nunca esteve tão viva, o mercado inteiro de crédito corporativo e títulos públicos reviveu.”

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Apesar dos retornos de dois dígitos na maior parte dos títulos públicos do período, foi um ativo de renda variável quem mais se destacou nesses últimos 12 meses.

O IMOB, índice mobiliário da B3, mais do que dobrou o rendimento do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) no período, mostra um levantamento feito pela Economatica a pedido do E-Investidor.

O IMOB é um índice de ações de empresas da atividade imobiliária e da construção civil. A carteira teórica tem 16 empresas, entre elas Aliansce Sonae (ALSO3), Cyrela (CYRE3), Direcional (DIRR3), Eztec (EZTC3), Iguatemi (IGTI11), Multilplan (MULT3) e MRV (MRVE3).

Boa parte dessas empresas, especialmente as incorporadoras, sofreram muito na Bolsa desde 2021, quando o Banco Central iniciou a sequência de altas na Selic. Com um corte de juros entrando na conta de valuation do mercado, esse grupo de ações está ensaiando uma recuperação.

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Como adiantamos nesta reportagem, entre março e junho deste ano, todas as companhias presentes no IMOB subiram ao menos 21,5%. Mas houve quem acumulasse ganhos ainda mais expressivos, de 85%.

“Elas foram das que mais sofreram no ciclo de aperto monetário e agora, com a precificação de queda dos juros, acontece uma inversão de tendência”, explica Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O desempenho no mercado de ações neste 1 ano de Selic a 13,75% também foi expressivo para o IFNC, o índice financeiro da B3, que acompanha empresas dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos, previdência e seguros. Todos positivamente impactados pelos juros altos.

E na renda fixa?

Considerando a renda fixa, já era esperado que os títulos estivessem com rentabilidade semelhante ao do CDI, que segundo o levantamento da Economatica, teve um retorno de 13,07% no período.

“Nesse um ano de Selic a 13,75%, reparamos uma corrida dos investidores aos ativos de renda fixa atrelados ao CDI. Foram os queridinhos e proporcionaram, na média, uma rentabilidade acima de 1% ao mês”, diz André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro Direto, quem teve a melhor rentabilidade foi o IRF-M, o índice da Anbima formado por títulos públicos prefixados, as LTNs ou Tesouro Prefixado. Com a perspectiva de corte na Selic, houve uma janela de boas oportunidades nesses ativos em 2023, com investidores buscando maneiras de "travar" a taxa antes que o Copom inicie o ciclo de afrouxamento monetário.

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*Colaborou Rebecca Crepaldi

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