Publicidade

Investimentos

As ações fora do IBOV que são boas oportunidades para os investidores

Especialistas recomendam oito papéis que não compõem o Ibovespa

As ações fora do IBOV que são boas oportunidades para os investidores
Entrada de uma das lojas da Movida, em São Paulo. Foto: Paulo Whitaker/Reuters
  • Ibovespa é o principal índice da B3 e ações que o compõe são as mais conhecidas e relevantes da bolsa brasileira
  • Porém, papéis que estão fora do índice também podem ser boas oportunidades para os investidores
  • Especialistas recomendam oito ativos que não fazem parte do IBOV

O Ibovespa é o principal índice da B3 e as ações que o compõe são as mais conhecidas e relevantes da bolsa brasileira. Porém, entre os mais de 300 papéis listados na B3, há muitas boas oportunidades para além dos 77 ativos que integram o IBOV.

Vale lembrar que o Ibovespa é uma carteira teórica de ações que contém os ativos responsáveis por movimentar os maiores volumes de negociação em um único pregão, chegando a mais de 80% do montante operado na B3. Dessa forma, o índice consegue refletir o desempenho geral da bolsa.

Além disso, as ações e seus pesos dentro do IBOV são alterados a cada quatro meses. O objetivo é fazer com que o índice reflita sempre o desempenho geral da bolsa brasileira. A última alteração aconteceu em setembro deste ano, quando EZTEC (EZTC3) e PetroRio (PRIO3) começaram a fazer parte do índice.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Para um papel ser incluído no Ibovespa, ele precisa estar presente em pelo menos 95% dos pregões das últimas três carteiras, ter volume financeiro de 0,1% do montante negociado no período (no mínimo) – o que garante, portanto, que a ação não seja uma “penny stock”, negociada a centavos. Além disso, a empresa não pode estar em recuperação judicial. Se um ativo que compõe o índice deixar de cumprir um destes critérios, é excluído do IBOV.

Portanto, uma ação estar fora do IBOV não significa, necessariamente, que a empresa é ruim e seu papel não é atrativo para os investidores. Pode ser apenas que o ativo foi listado recentemente e ainda não possuiu o volume de negociação e presença nos pregões necessários para entrar no índice.

Boas oportunidades fora do Ibovespa

Para especialistas do mercado consultados pelo E-Investidor, há uma série de papéis que merecem a atenção, pois têm grande potencial de alta. “Embora as ações do Ibovespa sejam as mais conhecidas, o mercado vai muito além”, diz Ricardo França, analista de research da Ágora Investimentos.

Para os analistas, as ações com as melhores oportunidades fora do Ibovespa são: Alliar (AALR3), C&A (CEAB3), Duratex (DTEX3), Hermes Pardini (PARD3), Locaweb (LWSA3), Movida (MOVI3), Positivo (POSI3) e Santos Brasil (STBP3).

Movida (MOVI3)

Com a expectativa de apresentar bons números no resultado do 3T20, que será divulgado no dia 10 de novembro, França destaca que o setor de aluguel de carros deve continuar muito forte nos próximos anos e a Movida (MOVI3) está preparada para aproveitar este momento. “O aluguel de carro ainda é pouco explorado e vai crescer muito”, comenta o analista da Ágora.

O papel da empresa deve continuar com o forte movimento de alta que tem desde o seu pior momento na crise por muito mais tempo. Desde o dia 23 de março, o MOVI3 sobe 162,39%, a R$ 20,23. No agregado do ano, no entanto, o desempenho é positivo em apenas 6,42%, até o fechamento do mercado da última sexta-feira (6).

Locaweb (LWSA3) e Positivo (POSI3)

Com poucas empresas de tecnologia listadas na B3 e com a boa perspectiva do setor, Stefano Spinelli, analista da RB Investimentos, destaca que Locaweb (LWSA3) e Positivo (POSI3) devem performar bem por serem empresas com bons fundamentos, surfando a onda do segmento.

No caso da Locaweb (LWSA3), que é uma empresa de hospedagem de sites, seu papel já se valorizou 272,4%, a R$ 75,60, até o fechamento do mercado na sexta (6), desde seu IPO em fevereiro deste ano. Para Spinelli, o bom momento ainda está longe de acabar.

Publicidade

Já Positivo (POSI3), que tem desvalorização de 57,31%, a R$ 4,23, em 2020, foi muito prejudicado pela alta do dólar até o momento, uma vez que importa vários componentes. Porém, a companhia deve voltar a reportar bons números, já que investe em outros segmentos além dos computadores, como o clouding. “A Positivo está se posicionando como uma empresa de tecnologia e não só de computadores”, afirma o analista da RB.

C&A (CEAB3)

Apesar de ter boa presença on-line, a C&A (CEAB3) foi muito prejudicada na crise, uma vez que o segmento de vestuário foi um dos mais afetados no varejo durante a pandemia. Afinal, comprar roupa nova não era prioridade para um consumidor em quarentena.

A varejista tende a ser uma das mais beneficiadas com a reabertura da economia. “Entendemos que vai haver uma normalização nas vendas da C&A, tanto no e-commerce como nas lojas físicas”, afirma França.

No ano, o CEAB3 tem queda de 26,23%, a R$ 13,26, até o fechamento do mercado na sexta (6).

Hermes Pardini (PARD3) e Alliar (AALR3)

Segundo Spinelli, o setor de laboratório de saúde é pouco explorado no País e ainda há muito espaço para Hermes Pardini (PARD3) e Alliar (AALR3) crescerem neste mercado. Além disso, as ações das companhias foram muito prejudicadas na crise, uma vez que o público deixou de fazer exames por conta da pandemia.

Os papéis estão baratos, existe uma demanda reprimida que deve voltar quando a situação se normalizar, e a tendência da população brasileira é envelhecer cada vez mais. Neste cenário, as perspectivas para ambas as companhias são positivas. “A demanda por exames deve aumentar muito daqui para frente”, diz o analista da RB.

No ano, PARD3 e AALR3 têm queda de 16,33%, a R$ 22,55, e 38,15%, a R$ 11,14, respectivamente.

Duratex (DTEX3)

Com a Selic a 2% ao ano, o setor de construção civil está em um ótimo ciclo e isso impulsiona as ações da Duratex (DTEX3), fabricante de pisos laminados, louças e metais sanitários, produtos para aquecimento, painéis de madeira e revestimentos de paredes e revestimentos cerâmicos.

Publicidade

Apesar de não estar ligada diretamente à construção civil, o lançamento de novos projetos imobiliários é muito benéfico para a companhia. “O mercado vai continuar aquecido por mais tempo e vemos o papel com muito bons olhos”, afirma França.

Como prova disso, no 3T20 a Duratex reportou seu maior Ebitda (lucro antes de juros, amortização, depreciação e impostos) de R$ 391 milhões, valor recorde na história da empresa e alta de 58,5% ante o 3T29. Já o lucro líquido da companhia foi de R$ 123,9 milhões, alta de 347,2% na mesma base de comparação.

No ano, o DTEX3 tem valorização de 24,16%, a R$ 20,76, até o encerramento do mercado desta sexta (6).

Santos Brasil (STBP3)

Como a pandemia da covid-19 afetou o mercado em escala global, as exportações e importações portuárias foram severamente penalizadas. A Santos Brasil (STBP3) foi um dos papéis mais prejudicados pela crise e acumula queda de 46,56% em 2020, cotado a R$ 4,35.

Porém, França destaca que a expectativa é de que fluxo volte a se normalizar em 2020 e o Brasil comece a usar mais o modal marítimo. “É uma oportunidade interessante, principalmente para o investidor que olha para o médio e longo prazos”, diz o analista da Ágora.

Como, cuidados e riscos para investir nestas ações

Os papéis citados acima e todos os outros que não estão no Ibovespa estão sujeitos às mesmas regras das ações do IBOV. O procedimento de compra e venda é o mesmo e os cuidados também. Ou seja, antes de realizar a operação, conheça a fundo as empresas, sua perspectiva e se o risco do ativo está de acordo com seu perfil e objetivo.

Já em relação aos riscos, França pontua que eles podem ser um pouco maiores dependendo do papel. Isso porque alguns deles são de empresas de médio porte, o que deixa seu desempenho mais suscetível ao cenário macroeconômico brasileiro. “São empresas de bons fundamentos, mas estão sujeitas a mais volatilidade”, afirma o analista da Ágora.

Publicidade

Além disso, há algumas ações (nenhuma das citadas) que sofrem com o problema de liquidez. Ou seja, são pouco negociadas, o que aumenta ainda mais os riscos da operação.

Web Stories

Ver tudo
<
>

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos