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- Em agosto, o Banco Central (BC) deu início ao corte da Selic após reduzir em 0,5 pontos percentuais a taxa de juros
- Segundo o Boletim Focus, a expectativa é que a taxa básica de juros sofra ainda uma queda 1,5 pontos porcentuais até o fim de 2023
- Com essa perspectiva, os analistas do banco avaliam que o momento é ideal para estar exposto a títulos atrelados à inflação e em renda variável
O movimento de queda de juros exige do investidor mudanças no portfólio e, na avaliação do C6 Bank, o período abre janelas de oportunidades para os ativos de renda fixa atrelados à inflação e os de renda variável. Por esse motivo, a instituição financeira ajustou sua carteira recomendada de setembro para os três perfis de investidor: conservador, moderado e arrojado.
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As mudanças refletem as expectativas do mercado para os próximos meses. Até o fim de 2023, a perspectiva é que a taxa básica de juros chegue a 11,75%, segundo as projeções do Boletim Focus. Vale lembrar que, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), em agosto, a taxa Selic sofreu uma queda de 0,5 pontos porcentuais, saindo de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano.
Com esse cenário no radar, o C6 Bank avalia que o momento favorece investir em ativos de mais risco, como renda variável e fundos multimercado. “A tendência é que a bolsa se beneficie desse cenário de juros menores, que pode fortalecer empresas de alguns segmentos”, diz Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank.
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Os títulos atrelados à inflação também devem estar no radar para os investidores de longo prazo porque as projeções do banco apontam para um IPCA de 5,4% no fim deste ano e 5,5% no término de 2024. Entre os ativos dessa categoria estão CDBs, LFs e títulos do Tesouro Direto. “O mercado de trabalho aquecido traz desafios para a convergência da inflação à meta”, diz Claudia Moreno, economista do C6 Bank.
Na manhã desta terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto que elevou 0,23% em comparação ao mês anterior. O resultado veio abaixo da projeção do C6 Bank (0,31%) e do mercado (0,28%). No entanto, ao olhar para o acumulado dos últimos 12 meses, a inflação no Brasil segue crescendo, saindo de 3,99% em julho para 4,61% em agosto.
Já os títulos de renda prefixados deixaram de ser atrativos com a antecipação do mercado para o corte da taxa de juros. A perspectiva reduziu os prêmios pagos por esses produtos. “Ainda é possível encontrar produtos de renda fixa prefixada pagando prêmios de dois dígitos, o que é ainda é uma remuneração atrativa. Mas essa rentabilidade era bem mais alta quando havia incerteza sobre o momento de queda dos juros”, explica Frias.
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