Publicidade

Investimentos

O que é Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

Desde que foi criado, há 16 anos, o Índice de Sustentabilidade Empresarial supera rendimentos do Ibovespa

O que é Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
Desde que foi criado, há 16 anos, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) supera rendimentos do Ibovespa (Pixabay)
  • S&P Dow Jones exclui Carrefour Brasil de índice de sustentabilidade
  • A iniciativa foi a primeira da América Latina e a quarta desse formato criado no mundo
  • Até o fim do ano passado, o índice de empresas sustentáveis da B3 teve uma valorização de 315%

(Por Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) – O mercado de ações de empresas sustentáveis está na “adolescência” no Brasil. Há apenas 16 anos, a Bolsa de Valores do Brasil criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), iniciativa que foi pioneira na América Latina e a quarta desse tipo criada no mundo.

O que é ISE?

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é uma ferramenta criada para analisar o grau de sustentabilidade das empresas que estão listadas na B3.

Para compor o índice de sustentabilidade, a B3 convida as empresas que detêm as 200 ações mais líquidas em negociação. As companhias respondem a um questionário sobre práticas sustentáveis com o intuito de comprovar que estão elegíveis para participar do ISE B3.

Atualmente, o Índice de Sustentabilidade Empresarial é composto de 46 ações, de 46 empresas. Dois terços das empresas sustentáveis da bolsa também estão listadas no segmento do Novo Mercado.

Por que a sustentabilidade atrai investidores?

A preocupação com o futuro do planeta tem feito governos, instituições e a população, em geral, darem mais atenção a questões relacionadas à sustentabilidade. Por esse motivo, o tópico se tornou um grande diferencial competitivo na hora de atrair investidores.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Segundo levantamento da consultoria Bain & Company, que contatou os executivos das 20 maiores companhias de bens de consumo do Brasil, todos os negócios consideram importante a adoção de práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas também pela sigla em inglês ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).

Mesmo com essa procura pela adoção de tais práticas, apenas 5% afirmam que conseguiram adotar com sucesso o conceito em suas organizações.

As empresas que adotam práticas ESG correm menos riscos regulatórios, por cumprirem leis e regulamentos ambientais. Essas companhias também reduzem o risco físico ao mitigar a poluição ambiental e diminuir a degradação dos recursos naturais. As práticas sustentáveis ainda facilitam o acesso a financiamentos e a consumidores mais exigentes.

As organizações que conseguem incorporar as práticas crescem até seis vezes mais, conseguem dobrar o valor da marca, multiplicam por quatro a participação no mercado doméstico e por três a lealdade de seus clientes, de acordo com a pesquisa.

Quais são as boas práticas do ISE da B3?

O questionário adotado para selecionar companhias participantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 verifica as boas práticas adotadas no ambiente corporativo nas dimensões ambiental, social, econômico-financeira e de mudanças climáticas, divididas em quatro critérios:

  • política (indicadores de comprometimento)
  • gestão (indicadores de programas, metas e monitoramento)
  • desempenho
  • cumprimento Legal (reporte, no caso da dimensão climática)

A B3 destaca que todas as organizações que participam da carteira do índice têm processos e procedimentos implementados de gestão de riscos corporativos que consideram aspectos de curto, médio e longo prazos, sendo acompanhados pelo Conselho de Administração.

Além disso, todas as empresas do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 declaram utilizar a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como referência para identificar e integrar aspectos relevantes de sustentabilidade em seus negócios.

Conheça 5 empresas que participam do ISE B3

Entre as empresas que faziam parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 em 2021, apenas cinco são responsáveis por mais de 40% da carteira teórica.

Publicidade

Esse balanceamento é realizado a partir dos ativos disponíveis para negociação, considerando também valores referentes à distribuição de dividendos, aos juros sobre capital próprio e rendimentos, aos direitos de subscrição e a outros fatores.

1 – Petrobras (PETR3; PETR4)

Petrobras tem uma preocupação especial com as mudanças climáticas. De cara, podemos mencionar as iniciativas que atuam na recuperação ou na conservação direta de florestas para promover a fixação de carbono.

A companhia estima que 870 mil toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera em decorrência dos projetos que incentiva.

2 – WEG (WEGE3)

WEG tem a sustentabilidade em seu DNA. A empresa tem como principal atividade a produção de motores elétricos, com soluções desde a geração de energia até o consumo.

Entre os principais setores de foco da companhia alinhados a uma economia de baixo carbono, estão as energias renováveis e a mobilidade elétrica. A WEG também investe na eficiência energética e industrial, inclusive com a adoção de soluções digitais.

3 – Suzano (SUZB3)

Suzano é a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, responsável por 60 marcas de produtos relacionados ao papel. A empresa busca garantir a eficiência de recursos, com a redução de resíduos e mitigação de impactos ambientais em toda a sua cadeia de produção.

A companhia também investe na preservação de 900 mil hectares de mata nativa e promove projetos de geração de renda, além de melhoria da educação em comunidades vizinhas às suas unidades de produção.

4 – Natura (NTCO3)

Natura fez um compromisso com a preservação da Amazônia. Desde então, a companhia ajudou a conservar 2 milhões de hectares do bioma. A empresa passou a investir também em iniciativas para apoiar a exploração da floresta garantindo a sua conservação.

Nos últimos 10 anos, movimentou R$ 2,1 bilhões em volume de negócios das cadeias produtivas sustentáveis na Região Amazônica, beneficiando 7 mil famílias locais.

5 – Lojas Renner (LREN3)

A rede varejista lançou o conceito de “moda responsável”, que engloba iniciativas relacionadas ao engajamento contínuo para a sustentabilidade, como o desenvolvimento social e econômico, assim como o uso sustentável de recursos naturais em toda a sua cadeia produtiva.

Publicidade

A companhia aderiu voluntariamente a compromissos como Pacto Global das Nações Unidas, Princípios de Empoderamento das Mulheres e o Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo.

Web Stories

Ver tudo
<
A rua mais cara do mundo fica no Brasil? Descubra
13º salário: quem não tem direito ao pagamento?
Estas moedas de 50 centavos podem valer R$ 5 mil; veja se você tem em casa
Como Warren Buffett ganhou US$ 282 milhões com o Nubank?
Nem aquecedor, nem ar-condicionado: estes truques vão aquecer a casa sem pesar a conta de luz
13º salário: o que fazer se você ainda não recebeu o seu?
Por que os bancos gringos estão dizendo ‘fuja do Brasil’
Nem vinho, nem tequila: descubra qual é a bebida mais cara do mundo e se ela vende no mercado
O que Warren Buffett está tramando? Maior investidor do mundo liga o modo venda
Banana de R$ 36 milhões? Confira as frutas mais caras do mundo
Renda extra: 5 dicas para ganhar mais trabalhando no conforto de casa
Adeus ar-condicionado! Conheça 2 truques para suportar o calor de forma econômica
>

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos