- O Itaú BBA indicou quais papéis são suas preferências dentre as Big Techs — Apple, Alphabet, Microsoft, Meta e Amazon — na esteira da temporada de balanços
- De acordo com os analistas Thiago Alves, Cristian Faria e Gabriela Moraes, a única ação avaliada pelo Itaú BBA com um nível de convicção 10 é a Meta
- As ações de todas as Big Techs tiveram um desempenho muito forte em 2023, superando os ganhos do S&P 500 (24% no ano passado), índice composto por 500 ativos cotados nas bolsas de NYSE ou NASDAQ, em pelo menos 24 pontos percentuais
O Itaú BBA indicou quais papéis são suas preferências dentre as Big Techs — Apple, Alphabet, Microsoft, Meta e Amazon — na esteira da temporada de balanços do primeiro trimestre de 2024 nos Estados Unidos.
Leia também
De acordo com os analistas Thiago Alves, Cristian Faria e Gabriela Moraes, a única ação avaliada pelo Itaú BBA com um nível de convicção 10 no setor de tecnologia nos Estados Unidos é a Meta, papel que teve um salto de 194% em 2023.
As ações de todas as Big Techs tiveram um desempenho muito forte em 2023, superando os ganhos do S&P 500 (24% no ano passado), índice composto por 500 ativos cotados nas bolsas de NYSE ou NASDAQ, em pelo menos 24 pontos percentuais. Confira abaixo as análises do Itaú BBA.
Meta (recomendação de compra)
O Itaú BBA colocou a Meta com o maior ‘nível de convicção’ para ganhos nesta temporada de balanços, além de recomendação de compra. O posicionamento do banco é relativamente moderado, na medida que Hedge Funds venderam os papéis META com um crescimento não rentável no final de novembro e início de dezembro.
Publicidade
No entanto, as verificações de anúncios parecem positivas e as expectativas de impacto no investimento em anúncios para o quarto trimestre de 2023, por conta dos conflitos no Oriente Médio, foram deixadas para trás, o que beneficiou a companhia.
Apple (recomendação de venda)
A única recomendação de venda pelo Itaú BBA foi para as ações da Apple, com um nível de convicção de 9/10. Segundo eles, as verificações de demanda parecem pessimistas nos EUA e na Europa, além da incerteza na China, com a Apple oferecendo descontos raros no iPhone 15.
A única boa notícia são as receitas de serviços, que deverão ser fortes. No entanto, na opinião dos analistas, não é suficiente mudar o sentimento em relação à Apple.
Amazon (recomendação de compra)
A Amazon também tem recomendação de compra pelo banco, com um nível de convicção de 7,5/10. Os analistas pontuam que os papéis AMZN são a principal escolha para 2024, com aumento de Lucros Antes de Juros e Impostos (EBIT), mas com preocupações sobre o crescimento da AWS.
“Os dados alternativos permanecem voláteis, representando mais uma vez riscos. Se os papéis AMZN caírem por causa disso, nós adicionaríamos ainda mais ao portfólio, mas isso também significa que provavelmente não iríamos totalmente posicionados em direção aos lucros (mas iríamos operar comprados com certeza)”, disseram os analistas.
Microsoft (recomendação de compra)
A Microsoft também tem recomendação de compra pelo Itaú BBA, mas com nível de convicção 5/10. “Embora a história de Sam Altman possa ter prejudicado o Azure por uma ou duas semanas (devido aos atrasos na implementação da Inteligência Artificial), acreditamos que haverá outro aumento nas ações neste trimestre”, afirmaram.
No entanto, o principal risco são os atrasos na monetização do Copilot, um dos produtos de IA oferecidos pela Microsoft. Como a ação teve uma crescimento significativo em 2023, a valorização em 2024 não deve ser muito atrativa.
Google (recomendação de compra)
Finalizando as Big Techs, o Google também tem recomendação de compra pelo Itaú BBA, mas com nível de convicção de 3/10.
Publicidade
De acordo com os analistas, nas últimas semanas o Google vem acelerando seus planos de corte de empregos, com revisões de número de funcionários em muitas subsidiárias — o que não ajudou muito a ação.
Dessa forma, os especialistas destacam que teriam uma posição pequena e longa em resultados, fechando logo após a teleconferência sobre os resultados trimestrais, independentemente das discussões.
“Acreditamos que haverá uma queda nas receitas e vemos potencial para um discurso mais otimista sobre disciplina de custos e expansão de margens, o que poderá ajudar as ações. Por outro lado, tememos os possíveis resultados no caso do Departamento de Justiça dos EUA e não manteríamos as ações enquanto não houver uma definição”, afirmaram os analistas.