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Por que embarcar nas ações da Rumo Logística (RAIL3)

Forte relação com o setor agro e a renovação antecipada da Malha Paulista trazem boas perspectivas para os papéis da companhia

Por que embarcar nas ações da Rumo Logística (RAIL3)
Foto: Divulgação
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  • Os especialistas avaliam que a companhia tem potencial para os próximos meses, dada à defasagem da estrutura rodoviária do País e as perspectivas concretas de crescimento do tímido setor ferroviário, do qual a Rumo tem protagonismo
  • No final de maio, o governo federal renovou a concessão da Malha Paulista com a Rumo por 30 anos

Expansão garantida de malhas ferroviárias, investimento em tecnologia para aumentar o escoamento de commodities, expectativa de saldo positivo no setor de agronegócio a despeito da pandemia de coronavírus. Estes são alguns dos fatores que trazem animosidade sobre as ações da Rumo Logística (RAIL3). Apesar de não ter tanta visibilidade quanto outras “queridinhas” entre investidores, a companhia tem seu papel recomendado na carteira de algumas casas ouvidas pelo E-investidor.

Os especialistas avaliam que a companhia tem potencial para os próximos meses, dada à defasagem da estrutura rodoviária do País e as perspectivas concretas de crescimento do tímido setor ferroviário, do qual a Rumo tem protagonismo.

No final de maio, o governo federal renovou a concessão da Malha Paulista com a Rumo por 30 anos. A ferrovia é um importante trecho de escoamento da produção do País para o porto de Santos, mas é vista como o gargalo do setor porque atende demanda não apenas do escoamento da produção de grãos do Mato Grosso e de Goiás, como de outros produtos. Há ainda expectativa pelo avanço da operação da companhia na Malha Norte.

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“É uma empresa que se beneficia do mercado agrícola, que este ano está tendo uma boa safra, o transporte de carga garantido. E ela fez essa renovação antecipada e vai ter esses ajustes”, avalia Francisco Cataldo, da Ágora Investimentos.

Apesar de entender que o acordo comercial reafirmado por Donald Trump com a China pode representar algum risco para os volumes de exportação da Rumo em 2021, a Ágora lembra que os agricultores brasileiros já venderam mais de 40% de sua colheita de soja em 2021, o que mitiga parcialmente esse risco. “Mantemos nossa recomendação de compra para a Rumo”.

Reestruturação melhorou imagem da companhia no mercado

Para o analista da Toro Investimento, Daniel Herrera, a Rumo é o ativo mais interessante do ponto de vista de escoamento de commodities. Com uma mudança operacional nos últimos anos, ele explica que a empresa ganhou confiança ao reverter o quadro de prejuízos e adquirir lucros. Além disso, ele sublinha a posição da companhia que venceu leilão de trecho da Ferrovia Norte-Sul em 2019.

“Como estamos preocupados com o nível de aquecimento da Economia interna, apostamos em empresas voltadas para o mercado externo e exportadoras. A Rumo se beneficia muito disso. A exportação de grãos não deve ser sensivelmente afetada pela pandemia e ela tem tudo para continuar tendo bons ganhos neste contexto”, diz Herrera.

Com o papel cotado a R$22,97 no pregão desta quarta-feira (2), Daniel ainda vê margem para uma valorização. “A gente ainda acha que tem espaço para a ação buscar as máximas dela, que estão em torno de R$ 27, talvez até R$ 30, especialmente neste contexto.”

Alta do Dólar e sucesso no agro animam

Luis Sales, da Guide Investimento, enxerga cenário positivo tanto no curto, quanto médio prazo, com os planos de expansão das malhas ferroviárias. O analista destaca o baixo impacto da pandemia no setor de Agronegócio, considerado essencial, e continuidade de uma forte exportação para a China.

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“Vimos um movimento favorável ao agronegócio, que deve beneficiar Rumo, principalmente por conta do dólar mais alto neste ano. Tem expectativa dos volumes de embarques crescendo. A safra de soja foi positiva no Brasil, os preços estão bons. A companhia vem investindo em novas tecnologias, novos vagões, justamente para poder reduzir custos e se tornar competitiva cada vez mais, e se tornar uma alternativa melhor do que é o transporte rodoviário”, observa Sales.

Daniel, da Toro, também acrescenta que não foi tão afetada pela crise sanitária, e que aplicou várias medidas de saúde, como testagem nos locais de trabalho, atendimento aos seus trabalhadores. “E o agronegócio vai continuar produzindo relativamente normal, vai continuar exportando. Então ela acaba não sofrendo esse baque que a maioria das empresas sofreram no primeiro trimestre e vão sofrer muito forte no segundo”, avalia Daniel.

Expectativa positiva para o segundo trimestre

Apesar de ter sofrido prejuízo no primeiro trimestre, o analista da Toro lembra que este saldo se deu devido a alguns problemas operacionais e porque a safra de soja sofreu um atraso em relação ao ano passado. “Mas o prejuízo deve ser revertido nos resultados do segundo trimestre, com essa mudança da safra”, diz.

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