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- Os fundos de previdência privada voltam aos holofotes com a proximidade do fim do prazo para investir e garantir um benefício tributário no Imposto de Renda em 2024
- Mas um levantamento mostra que, entre 379 fundos de previdência, só 169 batem o CDI no ano
- Especialistas destacam o que precisa ser avaliado antes de investir nesses ativos
Está chegando ao fim a janela para investir em fundos de previdência privada e garantir um “desconto” tributário no Imposto de Renda 2024. Como explicamos nesta outra reportagem, aplicações de até 12% da renda bruta anual tributável na modalidade PGBL, plano gerador de benefício livre, permite a investidores inserir esse valor como despesa dedutível no IR. Na prática, isso significa uma base tributável menor e uma restituição maior.
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Essa característica faz com que os fundos de previdência ganhem espaço no mercado na reta final do ano. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que, em dezembro de 2022, por exemplo, o patrimônio líquido dos fundos de previdência cresceu 5,1% em comparação com setembro do mesmo ano.
Alguns pontos precisam ser analisados antes de investir pensando no benefício no IR, como prazo do investimento e renda mensal tributável. Mas há ainda um outro fator que não pode sair da análise quando o assunto é fundo de investimento: a rentabilidade.
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“É preciso um olhar atento para as características dos fundos e suas taxas. A maioria dos fundos de previdência não conseguem entregar nem o equivalente a 100% de CDI – e cobrando taxas de 2%, 3% até 5%. Isso derrete qualquer rendimento em longo prazo”, afirma Victor Oliveira, head de alocação da Grão Investimentos.
Um levantamento feito pela Economatica mostra que, entre os 379 fundos analisados, 169 superar o CDI em 2023 – o equivalente a cerca de 44% da amostra. Entre os piores rendimentos, há 5 fundos com retornos negativos.
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Como escolher um fundo de previdência
Os fundos de previdência são aplicações de longuíssimo prazo, muito escolhidas por investidores por causa das vantagens tributárias que oferecem para aplicações acima de 10 anos. É um investimento de duas partes: o período de acumulação, quando o investidor vai aplicando periodicamente os recursos enquanto ainda tem uma renda do trabalho; e o período de usufruto, quando começa a receber o dinheiro aplicado, anos depois.
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Como em todo fundo de investimento, na hora de escolher por um ativo ou outro, é importante avaliar o time de gestão por trás daquele ativo e as taxas de administração cobradas. “Vários fundos cobram valores muito altos para o perfil de risco”, diz Bruno Stuani, head comercial da Plural Gestão. "Embora resultado passado não seja garantia de resultado futuro, é sempre importante saber quem é o gestor por trás daquela estratégia”.
Mas a previdência privada tem ainda um outro fator essencial para a decisão: a modalidade. Existem no mercado dois tipos de fundos, o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A principal diferença entre as duas modalidades está na incidência do imposto; no VGBL, o IR é cobrado em cima dos rendimentos, enquanto, no PGBL, o IR é em cima do valor total investido. Aqui, discutimos qual é a melhor opção para o investidor.
Para Ulisses Nehmi, CEO da Sparta, além de conhecer sobre esses termos, o investidor menos experiente deve procurar por ajuda especializada. Assim, consegue avaliar qual a melhor opção para o seu objetivo e patrimônio. “Na previdência, o investidor precisa levar em consideração aspectos como o tipo do plano (PGBL ou VGBL), se a tributação é regressiva ou progressiva, além de avaliar se o gestor tem experiência com a estratégia a qual se propõe”, destaca Nehmi.
Para o investidor ter um guia completo sobre a previdência privada e acertar em cheio na hora de investir na aposentadoria, o E-Investidor elaborou um e-book que explica desde o básico até detalhamentos sobre taxas, portabilidade e tributação. Confira aqui: saiba tudo sobre a Previdência Privada e como começar a investir
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