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Analista explica como a eleição de Lula deve influenciar a Bolsa

Nomeação do próximo ministro da Economia deve ser uma das principais preocupações

Analista explica como a eleição de Lula deve influenciar a Bolsa
Lula (PT) será presidente pela terceira vez. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO
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  • A grande preocupação dos investidores está relacionada à agenda econômica que será adotada por Lula
  • Os investidores também demonstram preocupação em relação ao futuro “waiver” – uma espécie de licença para gastar além do teto de gastos

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República no domingo (30), e pela terceira vez ocupará o Palácio do Planalto. Em live do E-Investidor, Erich Decat, head do time de análise política da Warren Renascença, comentou como a volta do ex-chefe do Executivo ao cargo pode influenciar a Bolsa brasileira nos próximos meses.

A grande preocupação dos investidores está relacionada à agenda econômica que será adotada por Lula. Ainda não se sabe quem será o ministro da Economia do novo governo, nem o que irá acontecer com o teto de gastos.

Para Decat, o melhor nome para o mercado seria o de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, mas o analista considera improvável que Meirelles ocupe o posto.

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Na visão do analista, as três pessoas mais cotadas para o cargo são Rui Costa (governador da Bahia), Camilo Santana (senador eleito pelo Ceará) e Wellington Dias (senador eleito pelo Piauí). Durante a live desta segunda-feira (31), o analista disse que o Ministério da Economia provavelmente será desmembrado, com o retorno do Ministério da Fazenda.

Os investidores também demonstram preocupação em relação ao futuro “waiver” – uma espécie de licença para gastar além do teto de gastos. Se esse limite ultrapassar os R$ 200 bilhões no governo Lula, o mercado deve reagir negativamente.

No curto prazo, Decat acredita que a Bolsa pode operar com volatilidade, em um “zigue-zague”. Já em médio prazo, tem chances de subir. “Temos que ver qual será a agenda econômica. Depois, o que o governo Lula vai fazer para tornar factível essa agenda. Se ficar claro que o futuro governo tem capacidade para governar, o mercado vai ascender, porque vai entender que existe espaço para as agendas avançarem”, explica.

Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou diante da vitória de Lula. Mas Decat acredita que não há riscos de uma ruptura institucional, pois o integrante do Partido Liberal (PL) deve aceitar os resultados das eleições, o que trará um cenário de maior estabilidade à B3.

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