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- Mercado sinaliza juro pós-fixado abaixo de 3% ao ano no curtíssimo prazo
- Com risco mais elevado, fundos de crédito privado mostram prêmios maiores em debêntures e notas promissórias
- Aplicações em papéis prefixados e de crédito privado são consideradas de maior risco em comparação com o Tesouro Selic ou CDBs
Uma possível redução da taxa básica de juros (Selic) de 3% para 2,25% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em junho, deve favorecer os ganhos em aplicações com títulos prefixados. “Foi uma agradável notícia do BC fazer uma redução mais forte da Selic. Será muito bom para o estímulo da economia no pós-pandemia”, aponta André Fernandes, head de produtos da Ágora Investimentos, em entrevista ao Broadcast.
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Na visão dele, uma baixa forte nos juros (1,5 ponto percentual somando duas reuniões: maio e junho) gera oportunidades para os investidores. “A curva de juros fechou de 3% para 2,5% no curto prazo, já a partir de 2025 tem uma abertura maior. Isso permite investimentos em prefixados acima de cinco anos com juros acima de 8% ao ano”, afirma.
Ele tem razão. Papéis prefixados pagam um prêmio adicional entre 0,50 ponto e 1,50 ponto percentual ao ano acima de juros pós-fixados, dependendo do prazo de vencimento dos títulos. E as taxas de mercado com juros pós-fixados recuaram no curto prazo.
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De acordo com dados do Broadcast do da última sexta-feira (8), os contratos futuros da taxa de depósito interfinanceiro (DI) fecharam com as seguintes taxas para vencimentos em janeiro de cada ano: 2,485% ao ano para 2021; 3,24% para 2022; 4,41% para 2023; 5,59% para 2024; 6,40% para 2025 e 6,98% para janeiro de 2026.
Fundos de Crédito Privado
Para Sergio Magalhães, superintendente executivo da Bradesco Asset Management (Bram), o mercado de títulos de crédito privado (debêntures, notas promissórias, debêntures de infraestrutura, CRI e CRA) também apresentam uma abertura de prêmios de risco.
“Vemos o mercado de crédito privado com uma visão otimista. Antes, esse segmento estava com taxas que não eram compatíveis com os riscos, pareciam baixas. Agora as taxas estão mais justas”, afirma.
Na avaliação dele, o último mês de março foi um “divisor de águas” para o crédito privado. “Houve um movimento enorme de saques nos fundos de crédito privado, muitos gestores tiveram que desfazer posições por causa da busca de liquidez. Os preços dos papéis recuaram. Agora, os títulos das carteiras estão com um carrego (prêmio) interessante”, diz.
Magalhães citou dois fundos da Bram que podem capturar essas oportunidades: um local, o Crédito Performance 22, e outro internacional, o Crédito Corporativo Investimento no Exterior, que aplica em bônus (bonds) de empresas brasileiras de primeira linha emitidos no exterior.
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