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Quanto rendem R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil na poupança, CDB e Tesouro com a Selic a 11,25%?

Elevação do nível dos juros no Brasil tende a favorecer retornos de aplicações de renda fixa

Quanto rendem R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil na poupança, CDB e Tesouro com a Selic a 11,25%?
Quanto rendem os investimentos de renda fixa com a mudança da Selic? Imagem: Adobe Stock

A quarta-feira (6) rendeu um novo aumento da Selic, taxa básica de juros brasileira. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) traz uma melhor perspectiva de rendimentos para os investidores de renda fixa. Agora, com a taxa a 11,25% ao ano, a rentabilidade das aplicações mais conservadoras também aumenta.

Desde a última reunião do Copom, ocorreram dois turnos de eleições municipais no Brasil em meio ao persistente risco fiscal. Sinalizações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicam que um novo pacote de medidas de corte de gastos deve ser divulgado pelo governo em breve, mas ainda não há uma data precisa para a apresentação das medidas. Diante das incertezas, o dólar atingiu máximas históricas no começo de novembro, acumulando ganhos de 16,95% em 2024.

Além das preocupações domésticas, os investidores acompanharam a disputa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, visto que o novo presidente americano deve mudar as perspectivas econômicas. “As apostas crescentes de que o ex-presidente Donald Trump ganharia as eleições americanas reforçaram uma expectativa de juros mais altos porque as medidas propostas por Trump são vistas como mais inflacionárias pelo mercado”, indicou Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank.

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Nesta quarta-feira (6), o mercado reagiu à vitória de Trump, que volta à Casa Branca depois de ter conquistado ao menos 277 delegados no colégio eleitoral e uma ampla parcela do voto popular para derrotar a democrata Kamala Harris. A agenda econômica do republicano está pautada em propostas protecionistas, que podem levar a uma inflação mais alta e a um dólar mais forte.

Expectativas para o futuro da Selic

Segundo o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), a expectativa é de que a Selic termine o ano em 11,75%, consolidando a avaliação do mercado de que o Copom aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na sua última reunião. Dessa forma, os investidores conseguem aproveitar mais os retornos de renda fixa, como a poupança, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Tesouro Nacional, por exemplo.

Haddad avalia que, assim como os títulos pós-fixados, que aumentaram sua rentabilidade com a elevação da Selic, os prefixados também subiram em meio à expectativa de juros do mercado. “Independentemente de quanto a simulação está projetando de rentabilidade, momentos de incerteza, de pessimismo como esse que a gente está vivendo, podem ser boas oportunidades de travar uma taxa mais alta. Mas pode ser que a situação se deteriore e essas taxas subam mais ainda. Nesse caso, o investidor teria um custo de oportunidade por ter travado essas taxas”, explica.

Para ter uma ideia de qual seria o melhor investimento a se fazer, o E-Investidor solicitou algumas simulações ao planejador do C6. Nessa hora, vale entender mais sobre como funcionam as opções de renda fixa.

Poupança

A poupança é o investimento mais popular do Brasil, mesmo que ofereça baixos retornos. Quando a taxa básica de juros brasileira está acima de 8,5% ao ano, como ocorre agora, o rendimento da caderneta por mês é de 0,5% mais a variação da Taxa Referencial (TR), calculada diariamente.

Já se a Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o retorno da poupança passa a ser equivalente a 70% da taxa de juros brasileira mais a variação da TR.

Apesar dessa limitação de retorno, a caderneta continua atraente para muitos investidores por causa de sua simplicidade, isenção de Imposto de Renda (IR) e cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores até R$ 250 mil por CPF.

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Confira abaixo quanto rendem investimentos de R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil na poupança com a nova Selic:

CDB

O CDB é um título emitido por uma instituição financeira e funciona como se fosse um empréstimo ao banco. Em troca, as instituições oferecem uma remuneração – os juros – aos investidores, por um determinado período.

Há opções prefixadas ou pós-fixadas, a depender das condições ofertadas por cada banco. No primeiro caso, o investidor sabe, desde o momento da aplicação, qual será o rendimento no momento do vencimento. Já no segundo, os juros só são conhecidos no momento do resgate, pois dependem de algum indicador da economia, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O CDB conta com proteção do FGC e incidência do Imposto de Renda (IR), que segue uma tabela regressiva. Ou seja, quanto maior for o tempo de aplicação, menor será a tributação.

Veja a seguir quanto rendem investimentos de R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil em um CDB com rentabilidade de 102,5% do CDI:

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Tesouro Direto

Outra alternativa na renda fixa são os títulos do Tesouro Direto. Ao adquirir esses papéis, o investidor “empresta” dinheiro ao governo que, em troca, devolve o valor acrescido de juros.

Existem opções com diferentes tipos de rentabilidade, seja prefixada, ligada à variação da inflação ou à Selic, por exemplo. Os títulos contam ainda com diversos prazos de vencimento e fluxos de remuneração, a depender das necessidades do investidor. Para procurar o papel de renda fixa que mais se adequa ao seu perfil, o usuário pode acessar o site do Tesouro e selecionar a aba “Simulador”, onde é possível testar diferentes alternativas, com base em um questionário simples.

Uma das opções mais conhecidas é o Tesouro Selic, recomendado para quem está começando a aplicar em títulos públicos e deseja montar uma reserva de emergência – quantia de dinheiro destinada a imprevistos que demandam recursos imediatos. Como o próprio nome sugere, a rentabilidade desse produto está atrelada à taxa básica de juros da economia.

Confira quanto rendem investimentos de R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil no Tesouro Selic com vencimento em 2027:

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Como é possível perceber, a rentabilidade dos CDBs é a maior entre as comparações realizadas. Ainda assim, o planejador da C6, Rafael Haddad, comenta que a única forma do investidor ficar bem posicionado em qualquer cenário é apostar na diversificação do seu portfólio de investimentos, visto que o panorama econômico, tanto do Brasil quanto do mundo, pode mudar muito rápido.

Por fim, é importante entender que, antes da diversificação, é essencial definir quais são os seus objetivos financeiros e as vantagens e desvantagens de cada opção de renda fixa analisada. Mesmo em cenários de aumento da Selic, fatores como liquidez e carência podem ser determinantes para um bom investimento.