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Por que o Tesouro Prefixado bate a maior taxa do ano, enquanto o IPCA+ cede

Piora do humor em relação ao fiscal pressiona títulos de curto prazo; Tesouro paga 13,23% ao ano

Por que o Tesouro Prefixado bate a maior taxa do ano, enquanto o IPCA+ cede
Aumento nas taxas indica as preocupações do mercado com a política fiscal e as expectativas de inflação. Foto: Adobe Stock
  • O Tesouro Prefixado 2027 está sendo oferecido nesta segunda-feira (11) a 13,23% ao ano, a máxima do ano para o título
  • A taxa recorde acontece em um momento de estresse na curva de juros brasileira, que vem sendo pressionada há algumas semanas pela piora do sentimento do mercado em relação ao fiscal
  • Prefixados com vencimento mas alongado e títulos híbridos não operam nas máximas

O Tesouro Prefixado 2027 está sendo oferecido nesta segunda-feira (11) a 13,23% ao ano, a máxima do ano para o título. A taxa recorde acontece em um momento de estresse na curva de juros brasileira, que vem sendo pressionada há algumas semanas pela piora do sentimento do mercado em relação ao fiscal.

Mas o pico desta segunda-feira acontece apenas nos títulos prefixados de vencimento mais curto. O mesmo ativo com vencimento em 2031 rende 12,96% ao ano ao investidor; a máxima do ano é 13,24%, do dia 1º deste mês. O Tesouro IPCA+ 2029, por sua vez, é negociado a uma taxa de 6,81% ao ano, além da variação de inflação. É um retorno elevado, mas representa certo alívio em comparação à máxima de 6,99% atingida também no dia 1º deste mês.

João Guilherme Caenazzo, sócio da gestora de patrimônio Aware Investments, explica que o recorde de retorno do Tesouro Prefixado 2027 reflete a guinada de alta generalizada dos ativos de renda fixa, que se beneficiam como um todo da segunda alta consecutiva da Selic na última semana. “A confirmação do terceiro maior juro real do mundo já, em parte, havia sido precificada pelo mercado, e o risco em assumir títulos prefixados corresponde à taxa recorde no ano: sem um norte sobre quando os juros voltam a cair, sobre o arcabouço fiscal e sobre o patamar de preço do dólar, já se entende que o curto prazo não entregará a saúde econômica necessária para reduzir juros e a projeção de queda acaba sendo empurrada para os dois ou três anos seguintes”, destaca.

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