Títulos mais longos operam em estabilidade (Foto: Shutterstock/ Brenda Rocha - Blossom/Reprodução)
Os juros das taxas de títulos públicos de curto prazo avançam nesta quinta-feira (10). O título prefixado para 2024 está pagando 11,52%, contra 11,27% na sessão anterior. O prefixado para 2026 também está com taxas maiores, de 11,24%, ante os 11,09% oferecidos ontem.
Nas notas indexadas à inflação também houve ajustes. O título IPCA+ 2026 começou essa manhã com uma remuneração de 5,29%, bem acima dos 5,12% oferecidos no último dia de negociação. Já as NTN-Bs mais longas ficaram mais estáveis, com os títulos para 2035, 2045 e 2055, pagando juros de 5,65%, pouco acima dos 5,5% de ontem.
Os juros teriam sido impactados pelas falas de Bruno Serra, diretor de política monetária do Banco Central (BC), sobre a continuidade da alta dos juros. Em evento promovido pela ModalMais, o executivo afirmou que o ciclo de aperto deverá se estender por um “par de reuniões, pelo menos”.
“O que ele disse esta bem em linha com a ultima ata do Copom. Ou seja, o BC está mirando nas expectativas futuras de inflação. No entendimento do Banco Central, a ancoragem dessas expectativas são muito importantes para não se perder o rumo da politica monetária”, afirma Paulo Nepomuceno, analista da Terra Investimentos.
Além do discurso de Fernandes, os dados de inflação americana que saíram hoje também estão pressionando a curva de juros. Em janeiro, os EUA registraram 0,6% de inflação, acumulando uma alta de 7,5% em 12 meses, acima das expectativas.
“Existe no mercado uma preocupação com a inflação corrente, que ainda continua rodando em alta, e o Banco Central está atento a isso. Temos uma atual politica fiscal mais relaxada e isso interfere em muito no prêmio do mercado”, afirma Nepomuceno.